A promoção da participação significativa de mulheres em missões e operações esteve em debate esta quarta-feira no seminário internacional “Participação Plena das Mulheres em Operações de Paz", organizado pelo Ministério da Defesa Nacional no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (PPUE).
No evento, que decorreu em formato presencial e virtual, oradores e participantes debateram perspetivas da liderança, desafios do terreno e da academia, assim como as barreiras que impedem as mulheres de aceder a diferentes posições em missões e operações de paz e discutiram como melhor compreender de que forma elas contribuem para a eficácia operacional das missões.
Tendo reunido várias personalidades da União Europeia (UE) e da NATO, incluindo a Assessora de Género do Gabinete de Género e Diversidade do Serviço Europeu de Ação Externa, Charlotte Isaksson, e a Representante Especial do Secretário-Geral da NATO para a Agenda Mulheres, Paz e Segurança, Clare Hutchinson, o seminário concentrou-se ainda na forma como estas instituições podem dar o exemplo, garantindo a participação plena, igualitária e significativa, e a liderança das mulheres em todas as missões e operações lideradas por aquelas duas organizações.
Destacando o evento como mais uma “oportunidade para reforçar o diálogo" sobre a Agenda Mulheres, Paz e Segurança entre UE e NATO, o Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, defendeu, durante a sessão de abertura, que para “superar a recorrente falta de participação de mulheres nos processos de decisão", é necessário “um compromisso a longo prazo e passos arrojados nos níveis mais elevados de poder".
“Isto não é apenas sobre contar mulheres, é sobre fazer as mulheres contar", disse Gomes Cravinho, que acrescentou ainda que o reforço da liderança por mulheres nas operações de paz e a sua participação substancial e efetiva são “um dever moral" e uma contribuição significativa para a melhoria das missões.
O Ministro da Defesa realçou ainda a importância da igualdade e da diversidade como “elementos essenciais" na promoção de “sociedades justas, responsáveis, credíveis e prósperas" e afirmou que “todos sem exceção" devem ter as mesmas oportunidades e o mesmo acesso ao poder, “baseado nos direitos humanos e na democracia".
No encerramento do seminário, a Secretária de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes, Catarina Sarmento e Castro, relembrou que, defender um papel mais interveniente e pleno para as mulheres nas operações e missões de paz, “é não só o mais acertado a fazer como também o mais inteligente".
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