​O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, presidiu esta quarta-feira à cerimónia de entrega do Prémio da Direção-Geral de Política de Defesa Nacional (DGPDN), que decorreu no Salão Nobre do Ministério da Defesa, em Lisboa.

Esta primeira edição, criada em fevereiro de 2021, atribuiu o 1º lugar a dois dos oito projetos a concurso - a Carlos Lucas Teixeira, que apresentou um ensaio sobre “o Papel do Fundo Europeu de Defesa em Portugal", e a Maria Luísa Moreira, com uma análise dedicada à “Terceira década da Agenda Mulheres, Paz e Segurança no Setor da Defesa Nacional". Pela qualidade na reflexão apresentada, David de Almeida Pereira foi também destacado com uma menção honrosa.

À margem da cerimónia, o ministro da Defesa Nacional referiu que apesar da investigação realizada no âmbito da Defesa, existe uma consciência muito presente da necessidade de estabelecer pontes de “diálogo entre a sociedade civil e as preocupações da Defesa Nacional". Esta ideia é igualmente reforçada pelo Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional, Paulo Lourenço, que acredita que esta é “uma via de aproximação à cultura e literacia de Defesa e um estimulo para uma cidadania ativa“.

João Gomes Cravinho destacou a pertinência dos trabalhos apresentados afirmando que a amplitude do ensaio sobre o Fundo Europeu de Defesa é um “instrumento novo da maior atualidade e importância para o desenvolvimento de uma identidade europeia de defesa e tecnológica" e que, por isso, “será de grande utilidade para reflexões que estão ainda numa fase preliminar".

Referindo-se à “Agenda Mulheres, Paz e Segurança no setor da Defesa Nacional", o governante, diz ser um tema que “mantém toda a atualidade" e que, apesar dos “problemas" detetados há décadas, esta ainda longe de deixar de ser importante e, por isso, a Defesa manterá os incentivos ao maior envolvimento das Mulheres nas Forças Armadas.

O ministro da Defesa salientou a sua satisfação pelos projetos apresentados, afirmando que todos “respondem a grandes temas da atualidade".

Para o Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional, não é “possível pretender uma Defesa Nacional plena, sem a participação cada vez maior daqueles a quem ela se destina".

“É preciso saber envolver toda a sociedade civil, tirando partido do filão inesgotável de ideias e recursos com potencial de uso na Defesa Nacional, dos equipamentos de duplo uso às TED, passando pela Inteligência Artificial, pela computação quântica, numa altura em que é necessário acompanhar as dinâmicas de inovação no setor privado, nas empresas e também em dimensões e disciplinas menos intuitivas, mais distantes dos nossos processos tradicionais", disse.

“Quanto mais empenhada for a sociedade portuguesa em relação à defesa nacional, mais forte, representativa e coesa ela será", rematou.

Criado com o objetivo de promover o desenvolvimento de investigação no âmbito das políticas de defesa, o prémio DGPDN procura distinguir os trabalhos científicos que tenham interesse direto para a missão da DGPDN, nomeadamente no que respeita ao planeamento estratégico, relações externas de defesa na sua componente bilateral e multilateral e cooperação desenvolvida com os Países de Língua Oficial Portuguesa.​

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