A 6ª Força Nacional Destacada na Missão das Nações
Unidas na República Centro-Africana, comandada pelo Tenente-Coronel e
Infantaria Paraquedista, Victor Sérgio Antunes Gomes, e composta por 180
militares, dos quais 11 femininos, partiu esta madrugada para render o 5º
contingente que regressa amanhã à tarde, após seis meses de missão.
Para o Ministro da Defesa Nacional, "a
nossa presença na República Centro-Africana continua a ser um contributo
importantíssimo para a estabilidade regional do centro e norte africano.
Portugal continua comprometido com esse objetivo, e por isso temos mantido uma
participação regular nas missões das Nações Unidas e da União Europeia neste
país. Esse contributo teve aliás reconhecimento na condecoração, pela ONU, dos
militares portugueses da Força que irão substituir".
A Força, maioritariamente composta por
paraquedistas, integra militares do Exército e da Força Aérea, estrutura-se com
um Comando e Estado-Maior, incluindo uma equipa de mini-UAV, um destacamento de
apoio, uma companhia de paraquedistas, uma equipa de controlo aéreo tático, um
módulo de quatro viaturas blindadas de rodas 8x8 pandur.
Os mini-UAVs serão utilizados pela primeira vez
nesta missão, permitindo um conhecimento superior do terreno e da situação,
maior capacidade de planeamento, e um maior nível de proteção. "Melhorar
as condições da vossa missão e balizar o nosso contributo têm sido e
continuarão a ser prioridades para o Ministro da Defesa", explicou João
Gomes Cravinho, considerando que "este contingente que parte hoje terá
portanto melhores condições do que os contingentes anteriores".
Na hora da despedida, perante uma casa cheia de
familiares e amigos, na presença dos Chefes do Estado-Maior do Exército e da
Força Aérea, o Ministro da Defesa garantiu que a presença deste contingente
"na RCA irá continuar o compromisso que Portugal mantém com a paz
internacional, irá reforçar o contributo insubstituível que as Forças Armadas
dão para o prestígio da nossa política externa, e irá mais uma vez demonstrar a
qualidade superior das mulheres e homens militares que carregam as cores de
Portugal".
Antes de cumprimentar os militares individualmente,
deixou votos de uma missão "de pleno sucesso, animada pelo lema dos
paraquedistas – que nunca por vencidos se conheçam”, frisando que: "confio
e conto com a vossa coragem, abnegação, espírito de dever e de bem servir,
característico de todos os militares, para prestigiar Portugal e contribuir
para a estabilização de uma região estrategicamente central à nossa
segurança".
Endereçou ainda uma palavra de apreço às
famílias, reconhecendo o "apoio imprescindível para o sucesso de todas as
missões das Forças Armadas" e deixou uma garantia: "quero que saibam
que tudo faremos para que cada um destes militares regresse são e salvo para os
seus lares e para a vossa companhia".
A Força iniciou o processo de aprontamento a 25
de março de 2019 e inicia a sua missão em setembro de 2019.