Ir para o conteúdo principal
O evento, que contou com a participação de especialistas e decisores políticos internacionais, inseriu-se nas comemorações dos 20 anos da implementação da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas 1325.

Portal da Defesa na InternetInícioComunicaçãoNotícias“Mulheres, Segurança e Paz” em discussão em conferência internacional
06 de novembro de 2020

​O Instituto da Defesa Nacional e o Gabinete de Igualdade da Defesa Nacional organizaram hoje uma conferência internacional subordinada ao tema “Women, Peace and Security – 20 years of UNSC Resolution 1325", que contou com a participação do Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e do Subsecretário-Geral das Nações Unidas para as Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix. 

O evento, que contou com a participação de especialistas e decisores políticos internacionais, inseriu-se nas comemorações dos 20 anos da implementação da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas 1325, sobre “Mulheres, Paz e Segurança", que impulsionou a inclusão da perspetiva de género nas operações de segurança e nos processos de construção de paz. 

Durante o discurso de abertura, o Ministro da Defesa Nacional afirmou que a agenda “Mulheres, Paz e Segurança" revolucionou as operações militares e que a integração da perspetiva de género “ajustada à realidade da sociedade em conflito" só torna as missões “mais eficazes, porque são personalizadas de acordo com o objetivo final, que é o de alcançar uma paz sustentável". 

João Gomes Cravinho defendeu a necessidade e urgência das perspetivas de género nas questões da segurança e da paz e referiu que mais do que uma “discussão política, é um caso de direitos humanos, de eficácia operacional e um pilar para uma sociedade mais resiliente e íntegra", fatores que considera “críticos para a manutenção da paz nos dias de hoje". 

Para Jean-Pierre Lacroix, que participou como orador principal na conferência, é também importante que, tanto nas forças armadas como nas sociedades civis, as mulheres não estejam só presentes, mas que façam parte dos processos de decisão.  “É particularmente relevante que as mulheres tenham uma participação ativa nos processos de cessar-fogo e de construção de paz, nas sociedades de que fazem parte", acrescentou. 

A Resolução 1325 foi aprovada em outubro de 2000 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e aborda os impactos específicos de género nos conflitos, nomeadamente a importância da participação das mulheres em todos os níveis da tomada de decisão, bem como nos processos de paz e segurança, incentivando assim a sua participação no reforço da construção da paz, através da prevenção e resolução de conflitos.

Partilhar
Conteúdo