Foi assinado, no dia 29, o contrato para a construção de seis novos Navios Patrulha Oceânicos (NPO) para a Marinha Portuguesa, numa cerimónia presidida pelo Secretário de Estado da Defesa Nacional, Carlos Pires, que teve lugar nas instalações centrais de Marinha, em Lisboa.
Com a aquisição destes navios a Marinha pretende renovar a sua frota, substituindo as corvetas ainda em utilização, e fortalecer a sua capacidade de intervenção em espaços marítimos sob soberania, jurisdição ou responsabilidade nacional.
O Secretário de Estado da Defesa Nacional, Carlos Pires disse que os novos NPO espelham a importância “atribuída às Forças Armadas permitindo atender às necessidades presentes" e “preparar a Marinha e o país para os complexos desafios com que nos depararemos no futuro próximo (…) marcados pela incerteza e pela imprevisibilidade".
A Marinha tem já em operação quatro NPO - classe “Viana do Castelo" -, essenciais em missões de fiscalização da pesca, controlo de tráfego, prevenção e combate à poluição marítima, combate a atividades ilegais como narcotráfico e imigração ilegal, e para o cumprimento de compromissos internacionais do país, especialmente nas áreas de busca e salvamento marítimos e da segurança cooperativa.
Além da possibilidade de emprego em missões e tarefas de natureza não-militar, os NPO vêm acrescentar maior flexibilidade em termos de emprego operacional, na medida em que permitem dar resposta a diferentes missões e tarefas.
Pretende-se que estes navios possuam elevada flexibilidade de emprego em atividades de natureza militar, como sejam a guerra de minas, a projeção de força, a vigilância submarina e o apoio a operações especiais. Estas capacidades permitirão à Marinha empregar os NPO no quadro da Organização do Tratado do Atlântico Norte, e no contexto da Organização das Nações Unidas e da UE, em missões de segurança marítima e em operações de paz.
O projeto de engenharia dos NPO é do Estado Português e está agora, nesta 3.ª série, revisto e atualizado com base na evolução tecnológica e na experiência adquirida com a operação dos navios da primeira e segunda séries. Os novos navios serão construídos em Viana do Castelo, com capacidades tecnológicas avançadas e irão integrar a frota da Marinha entre 2027 e 2030.
