A Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, presidiu este sábado às cerimónias comemorativas do Dia do Combatente e do 105º Aniversário da Batalha de La Lys, que decorreram no Mosteiro da Batalha.
“Esta homenagem que hoje prestamos aos nossos Combatentes, constitui um dever e uma responsabilidade do Estado, e de toda a sociedade (…) compete a cada um de nós agir para que a memória persista e para diariamente afirmarmos a importância da Defesa Nacional", disse Helena Carreiras.
Perante as forças em parada e uma vasta assistência, a Ministra endereçou uma palavra especial aos mais de 4500 militares que participam atualmente em missões e operações, no nosso país e em território internacional. A governante afirmou ser hoje vital assegurarem-se as condições e capacidades necessárias às Forças Armadas e disse que ao fazê-lo “estaremos também a garantir a proteção e segurança dos Combatentes do futuro e de Portugal", tendo apontado a nova proposta de Lei de Programação Militar, aprovada recentemente em Conselho de Ministros, como exemplo do reforço do investimento neste domínio.
Helena Carreiras referiu-se às Forças Armadas como fundamentais para a salvaguarda da memória coletiva e “elementos essenciais no reforço da cidadania, do estado de direito e da construção da Paz" tendo apresentado como “esforços do Governo" neste sentido a promoção de iniciativas como: o Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz; a concessão de subsídios para desenvolvimento de projetos de investigação sobre Defesa Nacional; o próprio Ensino Superior Militar, que sendo promotor de conhecimento contribui para a aproximação à sociedade e para uma melhor compreensão sobre o universo da Defesa e o Prémio Literário Antigos Combatentes - Memórias Militares, que vai já na segunda edição e cujas candidaturas decorrem até 15 de junho.
A Ministra falou ainda num trabalho diário, em curso, que visa prosseguir a “valorização e dignificação dos Antigos Combatentes" através de políticas como o Estatuto do Antigo Combatente e os direitos e benefícios que dele decorrem.
Até agora foram já emitidos cerca 400 mil cartões de Antigo Combatente e de viúva ou viúvo de Antigo Combatente e mais de 75 mil passes, entre janeiro e setembro de 2022, que permitem deslocações gratuitas nos transportes públicos. Para além destes direitos e benefícios, que decorrem da implementação do Estatuto, destacam-se também: o Complemento Especial de Pensão; a isenção do pagamento de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde e a entrada gratuita em museus e monumentos nacionais.
A Ministra anunciou ainda como medidas de apoio aos Antigos Combatentes o robustecimento de programas de apoio já existentes, como a Rede Nacional de Apoio no âmbito do Stress Pós-Traumático, o Plano de Ação de Apoio aos Deficientes Militares e o Centro de Recursos de Stress em Contexto Militar e terminou a sua intervenção referindo que “precisamos de renovar diariamente o contrato social na Defesa Nacional para construir as Forças Armadas e a Defesa de que Portugal precisa. Estamos juntos nesse esforço".
Cerimónia de homenagem ao Combatente
A cerimónia teve início na Igreja de Santa Maria da Vitória, com a celebração eucarística em memória dos combatentes falecidos, pelo Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, Dom Rui Valério, seguindo-se a cerimónia militar evocativa, presidida por Helena Carreiras.
A homenagem prosseguiu com a imposição de condecorações a que se seguiu a inauguração da exposição “Centenário da Liga dos Combatentes, 1923-2023", uma mostra constituída por 31 painéis que apesentam o percurso da instituição ao longo dos 100 anos de atividade.
Seguiu-se a romagem ao túmulo do Soldado Desconhecido, na Sala do Capítulo, onde foram prestadas honras militares a todos os combatentes mortos pela pátria, com a deposição de flores.
A cerimónia terminou com a visita ao museu, onde foi assinado o livro de honra e condecorado um combatente da Grande Guerra.
Estiveram ainda presentes na cerimónia de homenagem o Presidente da Câmara Municipal da Batalha, Raul Castro, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves, o Chefe do Estado-Maior do Exército, General Mendes Ferrão, o Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Vice-Almirante António Soeiro Cândido, o Presidente da Liga dos Combatentes, Tenente-General Chito Rodrigues, entre outras autoridades civis, militares, religiosas e delegações de associações de combatentes portuguesas e estrangeiras.
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