Foi
apresentado esta quarta-feira, em conferência de imprensa, o balanço da época
balnear 2020, na presença do Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional,
Jorge Seguro Sanches, com os dados referentes às ações de salvamentos
realizadas pela Autoridade Marítima Nacional e ao dispositivo empenhado.
O
Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional recordou que o início da
época balnear, que este ano decorreu entre 6 de junho e 15 de outubro, constituiu um “desafio enorme ao qual a
Autoridade Marítima Nacional foi capaz de corresponder” e sublinhou o “grande
trabalho de cooperação entre todas as entidades” que, juntamente com o “reforço
dos meios” da Autoridade Marítima Nacional, permitiu que fosse cumprida “a
missão, aquilo que era necessário fazer”.
A
Autoridade Marítima Nacional (AMN), no âmbito das suas competências, em
estreita cooperação com as autarquias locais, coordenou as intervenções no
âmbito da segurança balnear nas praias marítimas e nos espaços com aptidão de
uso balnear, nas vertentes de vigilância, proteção, fiscalização, salvaguarda,
aconselhamento, socorro e assistência de utentes e banhistas, e salvamento
marítimo.
Durante
a época balnear, houve nove vítimas mortais em praias vigiadas, quatro em
praias não vigiadas e duas em outras zonas marítimas não vigiadas, num total de
15 mortes, de acordo com o balanço da
Autoridade Marítima Nacional.
Os
dados do socorro e assistência a banhistas em 2020 registam 1205 ações de
primeiros socorros e 601 salvamentos realizados.
Para
as 418 praias marítimas de Portugal continental, as 75 praias marítimas no
arquipélago dos Açores e as 56 praias no arquipélago da Madeira, a Autoridade
Marítima Nacional teve este ano um dispositivo reforçado composto por 452
elementos da Polícia Marítima, 121 tripulantes das Estações Salva-vidas e 133
militares da Marinha, em apoio às Capitanias em ações de sensibilização e
vigilância apeada nas praias, que desenvolveram ações de sensibilização,
vigilância, assistência e socorro.
O
reforço de meios do “Seawatch” e “Praia Segura”, especialmente focados na
assistência e socorro em praias não vigiadas, com recurso a viaturas
todo-o-terreno e a militares com formação para a prestação de primeiros
socorros, permitiram que, no âmbito destes projetos, 476 pessoas recebessem
esses cuidados, 77 salvamentos e a assistência a 34 crianças perdidas.
O
projeto “Seawatch”
contou com viaturas todo-o-terreno de 30 de maio a 30 de setembro, com um total
superior a 385 mil km percorridos. Por sua vez, o projeto “Praia Segura”,
disponibilizou 7 motos 4x4, de 30 de maio a 30 de setembro e 5 motos 4x4, no
continente, de 1 a 19 de outubro.
Os
dados sobre a época balnear foram apresentados pelo Diretor-geral da
Autoridade Marítima e Comandante-Geral da Polícia Marítima, Vice-Almirante
Sousa Pereira. O Diretor do Instituto de Socorros a Náufragos, Comandante Velho
Gouveia, também participou na conferência de imprensa que decorreu no auditório
da Academia de Marinha.