As Forças Armadas Portuguesas participaram na segunda edição do exercício internacional «Guerreiros do Mediterrâneo», que decorreu em Portugal, entre os dias 29 de maio e 2 de junho.
O «Guerreiros do Mediterrâneo» é um exercício desenhado e planeado com o objetivo de potenciar a interação entre as forças de operações especiais nacionais e de países aliados e amigos, ao mesmo tempo que permite a realização de um treino abrangente e potencia a interoperabilidade entre os participantes.
Ao longo dos cinco dias, militares portugueses e estrangeiros tiveram a oportunidade de partilhar experiências e melhores práticas no que concerne a técnicas e procedimentos, no âmbito das operações especiais.
Participaram nesta edição, que teve lugar nas regiões de Mafra, Almada e Alcochete, 143 elementos e meios nacionais e estrangeiros. O contingente português foi integrado por 86 militares das Forças de Operações Especiais do Exército e da Marinha, e de Controladores Aéreos Táticos da Força Aérea. O contingente estrangeiro envolveu 57 elementos das Forças de Operações Especiais da Argélia, França, Itália, Líbia, Malta, Marrocos, Espanha e Tunísia. Integraram, ainda, o treino uma aeronave EH-101 da Força Aérea Portuguesa e uma aeronave AW-139, de Malta.
O «Guerreiros do Mediterrâneo» é um exercício conjunto internacional destinado ao treino de Forças de Operações Especiais dos países que integram a Iniciativa 5+5 Defesa. Com começo em 2018, a segunda edição aconteceu este ano em Portugal, país que acolhe a presidência da Iniciativa 5+5 Defesa.
A Iniciativa 5+5 Defesa é um fórum multilateral, sem carácter formal, que reúne em diálogo os países do norte e do sul do Mediterrâneo Ocidental – cinco da Europa e cinco de África -, não só com o objetivo de discutir e procurar soluções que respondam a preocupações comuns no domínio da segurança e defesa, como também de contribuir para a manutenção de um clima de confiança e de franca colaboração entre as estruturas de defesa dos países que a compõem.
A presidência da Iniciativa 5+5 Defesa, criada em 2004, é anual e rotativa, obedecendo à ordem alfabética dos países em língua inglesa. Na reunião ministerial que teve lugar em dezembro do ano passado, Marrocos passou o testemunho a Portugal, que assume esta presidência em 2023.