A Academia Militar assinalou esta quarta-feira os 232 anos da sua instituição, numa cerimónia presidida pelo Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches.
Na sessão solene, que teve lugar em Lisboa, Jorge Seguro Sanches começou por agradecer a quem “honra" a história da Academia Militar e felicitou todos os que dão “corpo" à “identidade" da instituição, que, acrescenta, “prepara para uma carreira de responsabilidades únicas, e onde se desenvolve uma vivência singular de intensa camaradagem".
O Secretário de Estado relevou a “formação de excelência" que tem permitido o “distinto desempenho" de várias gerações de comandantes e que “vem sendo enaltecida" por responsáveis políticos e militares em países onde o Exército dispõe de forças, “de que Portugal se orgulha".
O governante destacou ainda a notável “capacidade de adaptação" do corpo docente da Academia Militar em ambiente de pandemia, e enalteceu a “superior dedicação e profissionalismo" de todos os que prestam serviço em prol da “reconhecida qualidade" do ensino superior militar.
Atualmente com mais de 500 alunos e alunas, portugueses e oriundos de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a Academia Militar é a instituição de ensino superior militar responsável por formar oficiais dos quadros permanentes do Exército e da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Resenha histórica
A Academia Militar tem as suas origens na "Lição de Artilharia e Esquadria", criada por decreto de D. João IV, de 1641, tendo, no entanto, como antecedente enquanto instituição de ensino superior militar, a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho, criada por D. Maria I, em 1790. Considerada como a “primeira escola de ensino superior militar de formação de oficiais do Exército Português", esta Academia era destinada ao ensino superior das matérias de interesse para Oficiais de Artilharia e Engenharia, de Infantaria e Cavalaria e a alunos Civis que desejassem habilitar-se a Engenheiros
Instalada inicialmente em Santa Apolónia, a Academia passou por vários edifícios em Lisboa, acabando por, em 1851, e já como Escola do Exército – designação que surgiu por iniciativa do seu mais ilustre comandante, o Marquês Sá da Bandeira -, passar a funcionar no Palácio da Bemposta, onde ainda hoje está estabelecida a sede da instituição.
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