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​O Ministro da Defesa Nacional destacou esta quarta-feira os grandes desafios e prioridades relativos à cooperação entre a UE e a NATO e a Bússola Estratégica, na Conferência Interparlamentar sobre a PESC e a PCSD

Portal da Defesa na InternetInícioComunicaçãoNotíciasReforçar a cooperação entre a NATO e a União Europeia
03 de março de 2021

​O Ministro da Defesa Nacional destacou esta quarta-feira os grandes desafios e prioridades relativos à cooperação entre a UE e a NATO e a Bússola Estratégica, na Conferência Interparlamentar sobre a Política Externa e de Segurança Comum (PESC) e a Política Comum de Segurança e Defesa (PCSD), iniciativa organizada pela Dimensão Parlamentar da Presidência Portuguesa da União Europeia.

Para João Gomes Cravinho, “a cooperação entre a União Europeia e a NATO tem sido uma prioridade nacional e europeia, e assume relevo na Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia". Segundo o governante, num momento em que se vivem mudanças políticas conjunturais, com o recém-eleito Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a recuperar a valorização da Aliança Atlântica, “abrem-se portas ao reforço das relações transatlânticas".  

As relações UE-NATO devem ter em conta fatores como a “instabilidade da vizinhança europeia", as fragilidades do processo democrático na Rússia ou as dinâmicas de desestabilização em África, realidades que pedem respostas concertadas. “A UE é uma porta fundamental para as relações amistosas. Estes desafios requerem uma abordagem humanitária e securitária, instrumentos civis e militares, partilha de informação sobre ameaças", sublinhou o Ministro da Defesa Nacional. E, apesar de a NATO não ter mandato para atuar em África, “deve ajudar a coordenar as relações".

Prioridades conjuntas

Numa altura em que a Organização do Tratado do Atlântico Norte tem em curso a sua reflexão tática, e a União Europeia se encontra em processo de discussão da Bússola Estratégica, poderá ser um bom momento para definir prioridades em conjunto.

João Gomes Cravinho sugeriu ainda a criação de sinergias relacionadas com a corrida tecnológica, o Fundo Europeu de Defesa, a segurança marítima, “para que continuem as boas experiências em curso", e o desenvolvimento de capacidades militares de mobilidade.

A inovação tecnológica deve ser reforçada no contexto das relações atlânticas, também com o objetivo de combater as fragilidades decorrentes da exposição de uma sociedade digitalizada a interferências externas, especialmente no que diz respeito à desinformação e cibersegurança. “Proteger as instituições democráticas, proteger a autonomia estratégica e melhorar capacidade de resolver urgências complexas" são prioridades da Presidência Portuguesa, que se aplicam também à Defesa, referiu o Ministro da Defesa.

Esta sessão, que decorreu no Salão Nobre da Assembleia da República, em Lisboa, contou também com as intervenções de Charles Fries, Secretário-Geral Adjunto do Serviço Europeu para a Ação Externa para a PCSD, e Florence Gaub, Diretora-Adjunta do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia.

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