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Na cerimónia que oficializou ontem a entrega dos primeiros seis F-16 à Roménia, a Defesa Nacional comemorou o sucesso da primeira fase do programa de transferência das aeronaves

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29 de setembro de 2016
O Hangar da Base Aérea nº5, em Monte Real, que diariamente alberga os F-16 da Força Aérea Portuguesa acolheu, na passada quarta-feira, a cerimónia de entrega das primeiras seis aeronaves à Roménia. Dispostos por todo o recinto, já com inscrições romenas, mesmo em frente a uma vasta plateia, a presença dos caças não deixava margem para dúvidas: concretizava-se ali a primeira entrega de caças F-16 à Roménia.

A assinalar simbolicamente o momento, o Primeiro-Ministro, António Costa, acompanhado pelo Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, entregou ao Ministro da Defesa da Roménia, Mihnea Ioan Motoc, um capacete de piloto dos caças F-16. 

Na sua intervenção, Azeredo Lopes começou por assinalar a importância deste dia para Portugal e para a Roménia, que considerou um passo fundamental para reforçar “a nossa defesa e seguranças comuns". Foi este sentido de aprofundamento das relações bilaterais entre os dois países que pautou o discurso do Ministro da Defesa Nacional, para quem este projeto representa, essencialmente, um programa de cooperação bem sucedido "com um país aliado na edificação de uma capacidade que é essencial para a nossa segurança cooperativa".  

Este tipo de projetos reafirmam "a Defesa como um dos pilares da política externa", acrescentou Azeredo Lopes, e demonstram "a capacidade da Defesa para gerar valor", pelos impactos diretos no desenvolvimento e atratividade da indústria aeronáutica nacional. O Ministro da Defesa Nacional fez ainda referência a outras áreas de desenvolvimento da cooperação bilateral com a Roménia que pautam o Plano 2016/2017, como os domínios da ciberdefesa, das aeronaves não tripuladas-UAVs e da formação técnico-militar.
 
Competência das Forças Armadas
 
Para o Primeiro-Ministro, a " complexidade e exigência" deste programa só engrandecem a dimensão do seu sucesso, refletindo " a capacidade e competência das nossas Forças Armadas". Na sua intervenção, António Costa lembrou que a alienação de algumas aeronaves é necessária para "poder evoluir técnica e operacionalmente para o nível dos melhores e para poder sustentar no tempo uma frota permanentemente modernizada." 

O estabelecimento deste tipo de parcerias é reflexo de "uma elevada taxa de disponibilidade e um desempenho operacional que nos coteja entre os melhores", afirmou ainda o Primeiro-Ministro. 

Foram também elogiosas as palavras do Ministro da Defesa Romeno, Mihnea Ioan Motoc, para com as Forças Armadas Portuguesas, em especial, para com os profissionais envolvidos no desenvolvimento deste programa, que se pautou por uma" cooperação exemplar". 

O governante romeno manifestou a "esperança de que este projeto seja apenas uma aprendizagem para processos de colaboração mais amplos, na Defesa, mas não só".

O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), Manuel Teixeira Rolo, afirmou por seu lado "o profundo orgulho", profissional e institucional, que a Força Aérea sente com o sucesso deste programa e referiu alguns valores que simbolizam o esforço  e a complexidade envolvidos na execução deste programa: "ministrados 31 cursos em inglês, efetuadas 7873 horas académicas, realizadas 16.058 horas de on job training, efetuadas 297 simulações,  realizadas 1240 horas e 30 minutos de voo".

Os primeiros F-16 romenos descolaram esta quinta-feira da Base Aérea de Monte Real rumo a Bucareste comandados por pilotos romenos treinados pela Força Aérea Portuguesa. O programa continua com a preparação das restantes seis 6 aeronaves e a formação dos militares romenos que irão operar os novos aviões.


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