O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, presidiu hoje à cerimónia de condecorações de militares dos três Ramos das Forças Armadas, no âmbito das comemorações que assinalam o 20º aniversário da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas n.º 1325.
Esta Resolução, aprovada em 2000 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, criou uma base política internacional que sustenta a promoção e defesa da transversalidade da igualdade de género na prevenção, na gestão e na resolução de conflitos armados, bem como em todas as fases dos processos de construção de paz.
João Gomes Cravinho afirmou, em relação à Resolução 1325, tratar-se de um marco muito importante “que procurou tornar mais visível e aprofundar o papel das mulheres na prevenção e resolução de conflitos e na construção da paz".
Na cerimónia de hoje, foi agraciada com a Medalha da Defesa Nacional, 2.ª classe, a Tenente-Coronel Maria Alice dos Santos Dias Pereira, militar da Força Aérea, a quem foi atribuída a “importante missão de representar Portugal, pela primeira vez, no Committee of Women in NATO Forces, logo em 1992", disse o Ministro da Defesa Nacional.
Foram ainda distinguidas com a Medalha da Defesa Nacional, 4.ª classe: a Cabo-Adjunto Elisabete Gomes Teixeira, militar da Força Aérea, a Primeiro-Marinheiro Mariana Ferreira Casal do Rei, militar da Marinha e a Soldado Inês Sofia Flores Lourenço, militar do Exército.
A estas militares, o Ministro agradeceu “o compromisso de servir Portugal, lado a lado com todas e todos que integram as nossas Forças Armadas", mas quis também, através desta distinção individual, homenagear o trabalho desenvolvido por todas as outras mulheres que servem na Defesa Nacional.
No evento marcaram ainda presença a Secretária de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes, o Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, os Chefes dos três Ramos das Forças Armadas e o Secretário-Geral da Secretaria-Geral do Ministério da Defesa Nacional.
Agenda “Mulheres, Paz e Segurança"
À Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas n.º 1325 juntaram-se outras dez Resoluções que viriam a dar lugar à Agenda “Mulheres, Paz e Segurança", tendo sido Portugal um dos países que mais cedo desenvolveu um plano nacional de ação para a sua implementação, logo em 2009.
O impacto da dimensão de género tem-se vindo a demonstrar uma resposta eficaz em situações de conflito e de crise, sendo tida a participação das mulheres na segurança e na defesa como uma das preocupações de longa data da Defesa Nacional e das Forças Armadas. “Esta é uma agenda que nos mobiliza e que nos compromete", afirmou o Ministro.
João Gomes Cravinho referiu-se ainda com satisfação ao número crescente de mulheres candidatas às Forças Armadas e ao facto de “serem exemplos bem-sucedidos de profissionais numa área que era reservada aos homens e que hoje é aberta a todos". Prosseguiu afirmando tratar-se de “militares motivadas e resilientes, capazes de honrar os compromissos internacionais assumidos por Portugal e onde o seu contributo para a paz e a segurança tem sido determinante".
Galeria de Imagens
Vídeo