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O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, anunciou esta terça-feira que o Centro Multinacional de Treino de Helicópteros, vai ficar localizado em Portugal

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17 de julho de 2019

O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, anunciou esta terça-feira que o Centro Multinacional de Treino de Helicópteros (MHTC, na sigla em inglês), vai ficar localizado em Portugal.

“Estaremos efetivamente em condições de abrir esse centro de formação em Sintra em 2021”, afirmou o Ministro da Defesa numa conferência de imprensa conjunta com Jorge Domecq, Diretor-Executivo da Agência Europeia de Defesa (EDA), a quem “tive oportunidade de agradecer pelo trabalho que fez para criar as condições para que o centro de formação multinacional de helicópteros viesse para Portugal”.

O Centro Multinacional de Treino de Helicópteros, que vai ficar localizado em Sintra, “é um centro de formação que eu creio que será de grande valor acrescentado para Sintra, para a Força Aérea, para o nosso país, como também para a formação de pilotos e tripulações de helicóptero dos países da União Europeia", afirmou João Gomes Cravinho, que estima a vinda, ao longo do ano, de “até uns 200 pilotos e membros de tripulações de helicópteros em formação permanente”, de pelo menos 17 países.

O Diretor-Executivo da EDA, Jorge Domecq afirmou-se entusiasmado com a escolha de Portugal, cuja candidatura era “a melhor e mais completa opção” e lembrou que “a origem deste programa está na EDA desde 2009” e procura “fornecer uma abordagem standard ao treino das diferentes equipas dos diferentes Estados-membros para operações”.

Com um investimento “na ordem dos quatro milhões de euros” do lado português, o Centro de Formação Multinacional de Helicópteros vai reunir em Sintra três polos que até agora estavam localizados em países diferentes: um para exercícios, outro de treino dos pilotos e ainda o de treino de tripulação.

Na reunião que antecedeu a conferência de imprensa, João Gomes Cravinho e Jorge Domecq discutiram os desafios que se colocam à União Europeia nos próximos tempos, destacando a Defesa como uma das prioridades da presidência portuguesa da União Europeia no primeiro semestre de 2021.

O Ministro da Defesa Nacional abordou também a criação de uma identidade europeia de defesa, resultado da “consciência crescente que tem vindo a desenvolver-se ao longo de alguns anos de que a Europa tem de fazer mais pela sua própria segurança e defesa”.

Esta crescente preocupação não significa um desinvestimento da NATO, que “permanece como um referencial estratégico central para Portugal e para a generalidade dos países da União Europeia, mas significa termos a capacidade de, em nome da União Europeia, empregarmos capacidades militares para cumprir missões que interessem especificamente à União Europeia”.

O Diretor Executivo da EDA afirmou que o momento atual é de extrema importância para os próximos anos, “porque é um momento em que o nosso orçamento para a Defesa na Europa está a aumentar”.

Jorge Domecq mencionou o caso português, “com a adoção da Lei de Programação Militar”, destacando que “temos de usar este dinheiro de forma coerente, tornar o nosso esforço de defesa mais eficiente, fazer a Europa também mais forte porque dessa forma o nosso contributo para a NATO é também melhorado”.

Antes da reunião com o Ministro da Defesa, o Diretor-Executivo da Agência Europeia reuniu também com os Diretores-Gerais de Política da Defesa Nacional e de Recursos da Defesa Nacional.

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