O Ministro da Defesa Nacional presidiu às Cerimónias do Dia do Combatente e do 99º Aniversário da Batalha de La Lys, no Mosteiro da Batalha, no domingo, dia 9 de abril.
“Estamos aqui todos, para, de viva voz, manifestarmos todo o nosso apoio aos Combatentes que lutaram e lutam pela Pátria”, afirmou o Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, durante as cerimónias do Dia do Combatente, que decorreram este domingo, dia 9 de abril, no Mosteiro da Batalha.
“Evocar a Batalha de La Lys, travada há exatamente 99 anos, é um dever de Estado, é uma atitude humilde de cidadania”. O Ministro destacou também a necessidade de “renovar ano após ano, para o reforço da memória coletiva portuguesa, sob pena de perdermos motivos e espaço de reflexão sobre temas e fenómenos que envolvem Portugal, toda a Europa e toda a Humanidade”.
“Esta Batalha foi o momento mais traumático da difícil participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial”, afirmou o Ministro da Defesa, sublinhando “a dimensão do fenómeno”, que “foi sentido como uma espécie de Alcácer-Quibir”, como notaram intelectuais como Jaime Cortesão.
Para o Ministro da Defesa Nacional, “entre a condição militar de há cem anos e a atual existe um elemento comum: a tenacidade, o altruísmo e o sacrifício da própria vida”, mas “a preparação dos militares é agora incomparavelmente mais completa, tal como a qualidade e a quantidade dos equipamentos disponíveis, o que obviamente diminui o risco das missões”. Este esforço tem de ser mantido, sublinha Azeredo Lopes: “temos, por isso, de continuar fortemente empenhados na formação, no treino e na modernização das Forças Armadas.”
“Os combatentes portugueses hoje, seja na RCA, no Mali, no Afeganistão, no Iraque não se sentem, como infelizmente se sentiram há cem anos os Combatentes em La Lys, desacompanhados pelos comandantes e governantes, quaisquer que sejam”. Hoje, Portugal tem “Forças Armadas adaptadas às ameaças do imprevisível ambiente estratégico.”
O Ministro da Defesa Nacional recordou que o país está a “reequipar, modernizar e a construir capacidades” das Forças Armadas. “As capacidades dos nossos militares e dos nossos sistemas de armas são reconhecidas internacionalmente pelos nossos aliados e parceiros, e os ganhos mais recentes de credibilidade dizem-nos que não podemos esmorecer nos esforços de modernização e aumento de eficiência”.
A cerimónia iniciou-se com a Missa de Ramos e de Sufrágio pelos Combatentes falecidos, celebrada pelo Bispo das Forças Armadas, D. Manuel Linda, prosseguiu com a imposição de condecorações, assinatura do “Livro de Ouro”. A homenagem terminou com a deposição de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, na Sala do Capítulo do Mosteiro da Batalha, ao som do toque de homenagem aos mortos em defesa da Pátria e Hino Nacional.
Neste evento, para além do Ministro da Defesa Nacional, estiveram também presentes o Presidente da Câmara Municipal da Batalha, o Presidente da Liga dos Combatentes, o Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, o Chefe de Estado-Maior do Exército, o Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, e outras entidades civis, militares e religiosas nacionais e estrangeiras.