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A ciberdefesa e o “reforço da resiliência e da contribuição militar para a resposta a emergências complexas", foram apresentadas, por João Gomes Cravinho, nesta segunda feira, na conferência “o impacto estratégico da Covid-19 no ambiente internacional".

Portal da Defesa na InternetInícioComunicaçãoNotíciasMinistro João Cravinho Apresenta Resposta da Defesa às Consequências da Pandemia
08 de julho de 2020

A ciberdefesa e o “reforço da resiliência e da contribuição militar para a resposta a emergências complexas", foram apresentadas, por João Gomes Cravinho, nesta segunda feira, na conferência “o impacto estratégico da Covid-19 no ambiente internacional", como duas das grandes prioridades da Presidência Portuguesa da União Europeia, no domínio da Defesa.

Na conferência, organizada pela Comissão de Defesa Nacional, pela Comissão de Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas da Assembleia da República e pela Comissão Portuguesa do Atlântico, o Ministro deixou a nota de que entre os especialistas prevalece a ideia de que “a Covid-19 está a ter, e terá, um impacto muito significativo no nosso modo de vida, na vida dos Estados e organizações internacionais, e na segurança global".

Gomes Cravinho identificou “três grandes tendências com significativas consequências globais" e apontou três prioridades, no campo da Defesa Nacional, que têm como objetivo último investir na “segurança dos portugueses face a todo o tipo de riscos e ameaças", mas também na “retoma da economia, na criação de emprego qualificado, na inovação tecnológica nacional".

Democracias Mostram Responder Melhor

O Ministro afirmou que “uma nova pandemia é sempre um teste muito exigente à capacidade de resposta de qualquer Estado ou qualquer regime" e acrescentou que as respostas mais eficazes não vieram de regimes autoritários, mas antes de “Estados com regimes democráticos estáveis e instituições sólidas", que para além de elevada competência científica e política são legitimados pela população e têm a sua confiança.

João Gomes Cravinho avançou ainda que a Covid-19 veio expor a necessidade das democracias terem de extrair lições, em resultado da sua vulnerabilidade a campanhas de desinformação, por se tratar de regimes que não recorrem ao controlo e à censura da informação.

A Segurança de Todos

“O aumento de competição e tensão entre grandes potências, torna mais difícil encontrar respostas globais para problemas globais", afirmou João Cravinho.

O Ministro acrescentou ainda que “ninguém está plenamente seguro até todos estarmos seguros" e apontou como resposta a “genuína cooperação entre os Estados, nomeadamente através de instituições multilaterais que garantam a continuidade destes esforços" como é caso da ONU, da OMS, da NATO ou da EU.​

Aceleração do digital

“O acelerar da digitalização da economia, da educação, do nosso modo de vida" provocados pelo confinamento e a necessidade de manter a economia e a sociedade a funcionar pôs em evidência a importância crescente dos meios digitais mas também “o multiplicar de potenciais vulnerabilidades que podem ser exploradas por atores hostis", afirmou João Cravinho. A cibersegurança é apontada como um dos caminhos  para a resolução deste problema.

Em resposta às necessidades impostas pela pandemia, o Ministro apresentou três prioridades, sendo primeira “o reforço da capacidade de resposta da NATO e da UE a este tipo de emergências" e que será uma prioridade da presidência portuguesa da União Europeia, no primeiro semestre de 2021.

A segunda prioridade apresentada assentou no reforço da “nossa capacidade de ciberdefesa" e de cibersegurança. João Cravinho referiu-se a esta prioridade como “exigente" e “inadiável, porque “digitalização será um dos principais tabuleiros em que se jogará o xadrez estratégico global do século XXI" e o combate à desinformação será “uma tarefa de todo o governo, de todo o Estado e até de toda a sociedade", como afirmou.

O Ministro referiu que a terceira prioridade é a de “reforçar a capacidade de resposta da Defesa Nacional a emergências complexas" que por uma variedade de razões, como sejam as alterações climáticas, é previsível que se continuem a multiplicar.

Por último João Cravinho afirmou que estas “prioridades terão algumas implicações em termos de investimento em meios e capacidades" e que, à semelhança daquela que é já a prática do Ministério da Defesa Nacional, a estratégia é a de “privilegiar meios e capacidades de duplo uso", civil e militar.

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