A Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, esteve presente nas cerimónias comemorativas do Dia do Combatente e 104º aniversário da Batalha de La Lys, presididas pelo Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa.

Em frente do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, perante um batalhão formado por militares dos três ramos das Forças Armadas, a Ministra da Defesa Nacional afirmou que “um país que reconhece e homenageia o contributo dos combatentes é um país que respeita e honra o sacrifício que lhes foi pedido em nome da sua pátria".

Helena Carreiras realçou que os “combatentes desempenham também um papel crucial no apoio a todos aqueles que lutaram e lutam pela Pátria" e apontou duas “prioridades" que vão ajudar “certamente a preservar a memória coletiva que tanto valorizamos e que hoje celebramos aqui" e que representam “eixos prioritários de ação para a defesa nacional".

A governante referiu, como primeira prioridade, a necessidade de “adequar a defesa nacional à nova realidade da segurança europeia e internacional que decorre da invasão da Ucrânia pela Federação Russa", que requer a aprovação “de um novo conceito estratégico de defesa nacional" que decorre “a par com a atualização estratégica em curso na União Europeia e na NATO". Para isso será necessário “reforçar progressivamente o investimento em Defesa" na “operacionalidade das Forças Armadas, assegurando a manutenção e modernização das capacidades e equipamentos", e reforçar “a dignificação da condição militar, atraindo e retendo mais jovens nas Forças Armadas, e proporcionando a todos os militares melhores condições de serviço".

Helena Carreiras acrescentou, como “segunda prioridade", uma “maior abertura e diálogo com a sociedade", para que esta conheça melhor as suas Forças Armadas.

A Ministra da Defesa lembrou, por fim, a nova geração de militares que participaram ou participam em Forças Nacionais Destacadas e os “cerca de 400 militares que asseguram atualmente que Portugal seja um contribuinte ativo para a segurança regional e mundial".

A cerimónia

O Dia do Combatente iniciou-se com a celebração eucarística pelo Bispo das Forças Armadas e de Segurança, Dom Rui Valério, prosseguiu com uma cerimónia militar, desfile das forças em parada e a assinatura do Livro de Ouro da Liga dos Combatentes, no Museu das Oferendas.

A cerimónia terminou na Sala do Capítulo, junto ao túmulo do Soldado Desconhecido, com a tradicional deposição de flores por parte das entidades presentes, honras militares em homenagem aos que deram a sua vida em defesa da Pátria, e a prestação de tributo a todos os antigos combatentes.

Estiveram presentes no Mosteiro da Batalha o Presidente da Câmara Municipal da Batalha, Raul Castro, o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, Almirante Silva Ribeiro, o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira, os Chefes do Estado Maior do Exército, da Armada e da Força Aérea, e muitas outras autoridades civis, militares, religiosas e delegações de associações de combatentes portuguesas e estrangeiras.

Batalha de La Lys

O Dia do Combatente assinala-se a 9 de abril, dia em que ocorreu, em 1918, a Batalha de La Lys, na Flandres francesa, durante a Primeira Guerra Mundial. 136 mil homens do Exército Alemão, com 1500 peças de artilharia, atacaram as forças aliadas que contavam com cerca de 40 mil homens, dos quais 16 mil portugueses.

​Quando se deu o ataque alemão os portugueses esperavam ser rendidos, no dia seguinte, por tropas inglesas. O Corpo Expedicionário Português perdeu 7500 homens, entre mortos, desaparecidos, feridos e aqueles feitos prisioneiros. Apesar do balanço trágico, a Batalha de La Lys permitiu travar o avanço alemão.

Discurso da Ministra da Defesa Nacional disponível AQUI

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