​No âmbito do Dia Internacional da Mulher, a Defesa Nacional promoveu um encontro entre mulheres militares e civis do Universo da Defesa, no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, que contou com a presença da Ministra da Defesa Nacional.

Na abertura do encontro, a Ministra da Defesa Nacional começou por destacar os feitos já alcançados em três décadas de trabalho pela construção da Igualdade em Portugal “após três décadas chegamos a patamares que nos devem orgulhar. Em primeiro lugar, conseguimos a imparcialidade de género nas leis, conseguimos remover as restrições formais, uma condição fundamental para o avanço da igualdade; em segundo lugar, conseguimos aumentar a presença das mulheres nas Forças Armadas (FFAA), atualmente temos uma expressão de 14%, uma média ligeiramente acima da NATO; em terceiro lugar, temos hoje 40% de mulheres na estrutura da Defesa em cargos de direção."

Helena Carreiras referiu que, apesar das conquistas, o trabalho para a igualdade ainda não está concluído e, é por isso, necessário continuar a refletir em conjunto sobre o percurso a seguir até a alcançar. “Temos que estar presentes, temos que fazer parte para podermos transformar a qualidade da presença. É necessário cumprir os objetivos estabelecidos no âmbito da Igualdade, e a Defesa Nacional tem sido pioneira a nível internacional, nomeadamente, com a criação do Plano Setorial da Defesa Nacional para a Igualdade e com a implementação da Agenda Mulheres, paz e segurança, onde todas as entidades do Universo da Defesa participam ativamente", disse.

Dirigindo-se às presentes, a Ministra da Defesa, alertou ainda para a necessidade de se continuar a trabalhar nas políticas para a igualdade e não discriminação, para o reforço da representação feminina em missões internacionais em áreas operacionais, e para a necessidade de se consolidar o trabalho que tem sido desenvolvido no âmbito da harmonização das medidas políticas, dando os exemplo da conciliação da vida familiar com o trabalho e das alterações das medidas de maternidade e parentalidade.

No final da sua intervenção, Helena Carreiras, deixou a mensagem de que as conquistas são frágeis e que os retrocessos ocorrem diariamente, razão pela qual é necessário garantir que na Defesa as políticas continuem a ser desenvolvidas, sendo necessário o envolvimento tanto de mulheres quanto de homens. “P­ara se construir igualdade é necessário que todas e todos se envolvam, a missão das FFAA enriquece com a diversidade de cada um que as compõe". “As FFAA têm tido um papel de vanguarda na sociedade portuguesa para as questões de género e de não discriminação e eu acredito que continuaremos a tê-lo, permitindo construir uma sociedade mais justa, mais digna e mais Humana", rematou.

O evento reuniu mulheres militares dos 3 Ramos das Forças Armadas, em funções de liderança e alunas das Academias Militares, escola naval e cursos de formação de Sargentos, bem como mulheres civis em cargos de direção superior nos serviços centrais da Defesa Nacional.

O Dia Internacional da Mulher é celebrado pela ONU desde 1975, tendo sido oficialmente reconhecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas, através da Resolução nº 32/142, a 16 de dezembro de 1977.

​Vídeo com a mensagem da Ministra da Defesa Nacional