Militares, militarizados e civis da Defesa Nacional,
Nesta época de reunião e partilha entre amigos e família, em que fazemos balanços e antecipamos o próximo ano, quero endereçar-vos uma palavra de sentido apreço, de orgulho e de confiança.
Apreço por um trabalho incansável em prol dos objetivos que orientam a atuação diária da Defesa Nacional; pelo empenho de todas e todos, praças, sargentos e oficiais, assim como de civis e militarizados, que cumpriram as suas missões com brio e distinção ao longo deste ano.
Apreço também pelos que se encontram em missão no território nacional e fora dele, e que por isso irão passar esta quadra longe das suas famílias, um pilar fundamental do nosso trabalho e que os Portugueses reconhecem com gratidão.
Apreço ainda pelo contributo singular dos que se mantêm em prontidão, respondendo, trezentos e sessenta e cinco dias do ano, sete dias por semana, de norte a sul de Portugal e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, em todos os domínios de ação, e com um profundo sentido de serviço.
Mas orgulho também por aquilo que foi alcançado em 2022. Face a novos desafios do contexto internacional, nomeadamente, a Guerra na Ucrânia – cujos cidadãos merecem inteira solidariedade nesta quadra – reforçámos o nosso contributo para a segurança do continente europeu. Pela primeira vez, assumimos em simultâneo três comandos de missões da União Europeia, confirmando o prestígio internacional granjeado pelas nossas Forças Nacionais Destacadas.
Iniciámos o processo para a criação, a muito breve trecho, do Quadro Permanente de Praças do Exército e da Força Aérea, e continuámos a apoiar os Antigos Combatentes e os Deficientes das Forças Armadas, a quem tanto devemos e que nunca esquecemos. Lançámos também o novo Plano Sectorial da Defesa Nacional para a Igualdade e alargámos a rede do Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz às escolas de mais 21 municípios do país, procurando envolver a sociedade nos valores da Defesa Nacional e naquilo que de melhor fazemos em prol das pessoas.
O orçamento da Defesa para o próximo ano irá, entre outras coisas, reforçar a capacidade de manutenção e operação dos nossos equipamentos. Demos ainda início à revisão de diplomas estruturantes, como a Lei de Programação Militar e a Lei de Infraestruturas Militares, de forma a assegurar as capacidades necessárias para o cumprimento integral das nossas missões, e começámos a elaborar o novo Conceito Estratégico de Defesa Nacional que irá apontar os principais rumos a seguir nos próximos anos.
Face a estes avanços, importa igualmente reconhecer os momentos de maior exigência com que temos sido confrontados na Defesa Nacional. Acima de tudo, manifesto a minha confiança em que os conseguiremos ultrapassar, ciente da resiliência das nossas instituições e da capacidade de superação individual e coletiva da comunidade da Defesa. A nossa principal força continuará a residir no nosso profissionalismo e sentido de serviço público, na integridade dos nossos atos, e no compromisso ético inabalável para com a preservação do bem comum.
É um orgulho liderar esta equipa capaz de mulheres e homens. Faço por isso votos de que 2023 seja um ano de superação de desafios e de assunção de responsabilidade perante esta honrosa missão que é, hoje e sempre, servir Portugal.
Feliz Natal e um excelente ano novo.
Helena Carreiras