Decorreu esta manhã, num evento em formato digital, o II Seminário de Defesa Nacional, dedicado à discussão dos grandes desafios para o futuro da Defesa Europeia.
A sessão de abertura foi presidida pelo Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, que relevou a importância do seminário no contexto que permite “reforçar a aproximação da Defesa e das Forças Armadas com a restante sociedade".
Fazendo referência à “mudança acelerada" existente no âmbito da defesa, “quer ao nível das alianças, quer ao nível das ameaças" que os países se confrontam, João Gomes Cravinho disse ser “imprescindível" a comunicação com os cidadãos sobre a Europa da defesa, “uma realidade ainda pouco compreendida" e “entendimento" para garantir que o “necessário investimento é feito na defesa".
O ministro falou ainda das prioridades em matéria de segurança e defesa para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, no primeiro semestre de 2021, que passam pela segurança marítima, o reforço das relações UE/NATO, a promoção das indústrias de defesa, o desenvolvimento de uma cultura estratégica europeia e o reforço da UE/África, tendo João Cravinho dado especial enfoque a esta última. “A parceria europeia com África deverá mobilizar todos os recursos [da UE] ao seu dispor para contrariar a crescente instabilidade e violência no Sahel, África Subsariana, Mediterrâneo e no Atlântico. A defesa é uma parte essencial dessa parceria com África", disse.
A segunda edição do Seminário de Defesa Nacional juntou oradores nacionais e internacionais, entre decisores políticos, militares, responsáveis civis e académicos, que debateram assuntos como a presença global da União Europeia, o contributo duma política europeia de defesa mais robusta para uma Europa mais geopolítica, a eficácia da ação militar e a economia de defesa.
O Seminário de Defesa Nacional é uma iniciativa do Ministro da Defesa Nacional, com o objetivo de promover, anualmente, a discussão de temas centrais para a Defesa Nacional, reunindo os intervenientes e a comunidade de interessados que acompanham e participam nesta política pública de soberania.