A sala do Senado da Assembleia da República recebeu na passada terça-feira a Conferência “Estratégia Global da União Europeia sobre Política Externa e de Segurança”, na qual o Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, presidiu à sessão de abertura.
Para Azeredo Lopes, “a Defesa é, cada vez mais, a guarda avançada da segurança” e, como tal, não pode ser esquecida “na discussão da nova Estratégia Global, reconhecendo a transversalidade deste setor e explorando, enfim, todo o potencial da Política Comum de Segurança e Defesa”.
Segundo Azeredo Lopes, deve-se atribuir à Defesa “missões exequíveis, que recorram – de forma proporcional e no respeito pelo equilíbrio geográfico – à capacidade instalada dos Estados-membros, fazendo com que o setor da defesa europeu comungue, também ele, do programa democrático europeu, de preservação das nossas sociedades como espaços plurais, abertos ao mundo e diversos.”
Relativamente ao contributo português, o Ministro da Defesa assegurou que Portugal tem vindo a desempenhar “ativamente” na adoção desta Estratégia Global da UE uma tarefa que classificou como “urgente” e “inadiável”.
Fazendo um balanço do trabalho já efetuado, Azeredo Lopes defendeu que a proposta que a Estratégia Global traz de “abordagem integrada e multidimensional relativamente a conflitos e crises só pecará por tardia e é igualmente indisputável”.
O Ministro reiterou a importância de definir “um modo-de-agir europeu” para responder aos problemas que têm vindo a assolar a Europa e, para que “a UE possa vir a assumir o estatuto de ator global que todos tomámos como sendo o seu”.