No 75.º aniversário das missões de manutenção da paz e dos Capacetes Azuis ao Serviço da ONU, a Defesa Nacional, através da Liga dos Combatentes, assinalou o dia com uma cerimónia evocativa junto ao Monumento aos Combatentes, em Belém, presidida pelo Secretário de Estado da Defesa Nacional.
Marco Capitão Ferreira começou por destacar o papel fundamental de todos os que serviram e servem sob a égide da Organização das Nações Unidas (ONU), apontando-o como um inestimável contributo na manutenção e preservação da paz e da segurança internacionais.
Salientando o atual panorama de crise, o Secretário de Estado da Defesa Nacional afirmou que agora “mais do que nunca, compreendemos que a paz não pode ser dada como garantida. A segurança do País depende de umas Forças Armadas leais, prontas e profissionais, exemplares no serviço ao País. Nunca esta missão foi tão urgente", disse.
Referindo o envolvimento militar nacional no âmbito da ONU, o governante salientou a imagem de Portugal no exterior como “produtor de Paz", o que lhe atribui a reputação de parceiro fiável e cumpridor, reconhecendo a excelência e qualidade das Forças Armadas Portuguesas que tanto orgulham o país.
“Tudo isto sabem, é vosso, construíram-no dia a dia, discretamente, consistentemente, devotadamente. A verdade que interessa é esta: onde o interesse nacional o reclame, (…) a resposta do soldado português é sempre a mesma: presente e pronto. Bem hajam. Que vos saibamos merecer", terminou.
O presidente da Liga dos Combatentes, Joaquim Chito Rodrigues, agradeceu a todos os presentes, afirmando “as forças de paz da ONU são forças multidimensionais, constituídas por militares, civis e forças da autoridade - jamais o mundo teve organização semelhante na procura e salvaguarda da paz".
A cerimónia contou, ainda, com a imposição de quatro condecorações e com uma homenagem aos combatentes mortos ao serviço da paz, através da deposição de uma coroa de flores.
O Dia Internacional dos Capacetes Azuis, conhecido também como o “Dia Internacional dos soldados da Paz", foi instituído pelas Nações Unidas em 2003, com o objetivo de homenagear todos os que integraram as forças de manutenção da paz da Organização das Nações Unidas (ONU), dando cumprimento à aspiração “unir forças para manter a paz e segurança internacional". Desde 1958, Portugal tem mantido uma participação consistente em operações de manutenção da paz e, ao longo das décadas, contou com o envolvimento de mais de 13 mil militares. Atualmente, as Forças Armadas Portuguesas integram três missões das Nações Unidas, com mais de 280 militares.
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