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Defence Innovation Accelerator for the North Atlantic (DIANA) é uma iniciativa de âmbito tecnológico, aprovada a 7 de abril de 2022 pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que visa apoiar projetos inovadores que promovam o desenvolvimento tecnológico da Aliança.
Esta iniciativa pretende integrar entidades públicas e privadas, nomeadamente startups e pequenas e médias empresas de diversas áreas (governamental, industrial, academia e investimento) que possibilitem o desenvolvimento de um ecossistema dinâmico de apoio à criação e adoção de capacidades multifuncionais, aplicáveis a ambientes civis e militares, e que respondam a desafios críticos relacionados com a segurança e a defesa. Simultaneamente, o DIANA procura contribuir para os avanços tecnológicos da Aliança em áreas identificadas pela NATO como primordiais para a segurança do espaço Euro-Atlântico, que potenciem a utilização de tecnologias emergentes e disruptivas (deep technologies), nomeadamente, a inteligência artificial, o “big data", as tecnologias quânticas, os sistemas autónomos, a biotecnologia, materiais inovadores e o espaço.
"Trabalhando com o sector privado e o meio académico, poderemos aproveitar o melhor da nova tecnologia para a segurança transatlântica".
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Jens Stoltenberg Secretário-geral da NATO
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COMPOSIÇÃO
O DIANA é composto por nove aceleradores e mais de sessenta centros de testes, aos quais acrescem duas sedes regionais - uma no Reino Unido e outra no Canadá, responsáveis por um serviço de adoção rápida de soluções de duplo uso, em segurança e defesa, que possibilitem o avanço tecnológico da Aliança, retirando o máximo partido das Tecnologias Emergentes e Disruptivas.
Portugal foi selecionado para acolher em seu território nacional um Centro de Testes, no Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM), em Troia, aproveitando de forma significativa as capacidades associadas à criação da sua
Zona Livre Tecnológica (ZLT), e um Acelerador, instalado no Arsenal do Alfeite, sob a égide da idD-Portugal Defence.
A instalação destas estruturas representa uma oportunidade única para a economia de defesa nacional e a sua aproximação à rede de inovação da Aliança, possibilitando ao ecossistema nacional de ID&I contribuir diretamente para o objetivo estratégico do DIANA.
Entre os países membros da NATO, Portugal foi um dos poucos com duas candidaturas aprovadas.
Distribuição das estruturas que integram o DIANA


Mapa em maior dimensão disponível aqui
Paralelamente à criação da iniciativa DIANA, os Aliados acordaram, ainda, na criação de um Fundo de Inovação Multinacional, o NATO Innovation Fund, que contempla um investimento de 1000 milhões de euros destinado a algumas das soluções que passarem à fase 4 dos desafios que serão lançados no âmbito do projeto.
PARTICIPAÇÃO
O DIANA lançará vários desafios que procurarão dar resposta a necessidades operacionais, aos quais as entidades que contenham propostas de soluções concretas poderão candidatar-se.
Em 2023, serão lançados três desafios no âmbito da “Resiliência Energética", “Partilha Segura de Informação", e “Deteção e Vigilância através de Sensores", com data de lançamento prevista para junho.
Os inovadores participantes nos Desafios a lançar pelo DIANA terão acesso a:
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Rede de Aceleradores e Centros de Teste, localizados em mais de 20 países (identificados na imagem em cima), incluindo Portugal, que disponibiliza nesta fase inicial um Acelerador e um Centro de Testes;
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Financiamento, formação, apoio ao investidor e uma via rápida para adaptar as suas soluções tecnológicas às necessidades de segurança e defesa, dos países aliados.
DESAFIOS
No âmbito da “Resiliência Energética", as soluções tecnológicas deverão procurar assegurar a contínua disponibilidade de energia, suficiente para sustentar as missões e operações da NATO, e preparar os Aliados para minimizar, adaptarem-se a, e recuperarem das perturbações energéticas previstas e imprevistas.
Na “Partilha Segura de Informação", pretende-se responder à necessidade de um tratamento seguro e fiável de dados relevantes, assegurando que a informação deles derivada, através de uma eficaz análise dos mesmos, seja confiável.
No que respeita à “Deteção e Vigilância através de Sensores", os projetos deverão ser orientados para soluções de deteção e observação sistemática de domínios físicos e digitais, que possibilitem o conhecimento situacional e a previsão de acontecimentos críticos.
De acordo com a Direção Estratégica aprovada, cada desafio incluirá quatro fases de desenvolvimento:
(i) Fase 1 - Lançamento do desafio;
(ii) Fase 2 - Seleção de 20 propostas de solução, financiadas, cada uma, com um montante de 50.000 euros;
(iii) Fase 3 - Seleção de 3 soluções, financiadas, cada uma, com um montante de 150.000 euros;
(iv) Fase 4 - Seleção de soluções que poderão ser apoiadas a atingirem um nível de desenvolvimento até TRL 9 (Technology Readiness Level).
Processo de desenvolvimentos dos Desafios de Inovação
Processo de desenvolvimento em maior dimensão disponível aqui
Para a participação nos desafios, a equipa do DIANA, aconselhada por peritos da área, e em conjunto com potenciais utilizadores finais e a comunidade científica da NATO, selecionarão as 20 melhores candidaturas iniciais, apresentadas.
Brevemente, será disponibilizada informação detalhada sobre os Desafios Tecnológicos, selecionados pelo concelho executivo do DIANA para 2023, assim como o seu processo de candidatura.