O atual conflito na Ucrânia colocou em evidência a importância fundamental do relacionamento UE-NATO e da unidade transatlântica para a segurança europeia, sendo de salientar, neste âmbito, o papel coordenado e complementar que ambas as organizações têm assumido na resposta à Rússia, nomeadamente através da institucionalização de um mecanismo de diálogo (EU-NATO Staff Coordination on Ukraine).
Ademais, o atual ambiente estratégico volátil e imprevisível, e os desafios securitários emergentes, representam uma oportunidade para o reforço da cooperação e articulação entre as duas organizações, que partilham 23 membros. Deste modo, a Bússola Estratégica para a Segurança e Defesa/UE (março de 2022), o Conceito Estratégico da NATO (junho de 2022), e mais recentemente, o Livro Branco sobre o Futuro da Defesa Europeia (março de 2025), evidenciam a importância do aprofundamento da parceria estratégica UE/NATO para uma resposta eficaz e multidimensional de ambas as organizações à vasta gama de ameaças emergentes, concorrência sistémica, e desafios de segurança comuns.
Também neste sentido, a 3.ª Declaração Conjunta, adotada em janeiro de 2023, estabeleceu um novo nível de ambição para o relacionamento entre as duas organizações, consubstanciado em novas propostas de cooperação, nomeadamente nos domínios ciber, ameaças híbridas, combate à desinformação, Espaço, resiliência, proteção de infraestruturas críticas, clima e tecnologias emergentes e disruptivas.