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Portal da Defesa na InternetInícioComunicaçãoNotíciasOs desafios digitais e tecnológicos no sector marítimo em destaque na 3.ª edição do Curso de Segurança Marítima do Centro Atlântico

12 de maio de 2023 - Fonte: Atlantic Centre

​“As novas tecnologias (…) têm vindo a surgir a um ritmo inquietante, muitas vezes com um potencial disruptivo significativo e com consequências profundas para todas as áreas da atividade humana. Isto é particularmente evidente em contextos marítimos" afirmou a Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, na cerimónia de encerramento do III Curso de Segurança Marítima (CSM) do Centro Atlântico, que decorreu entre 08 e 12 de maio, na Base Aérea n.º 4 da Força Aérea, nas Lajes, Ilha Terceira.

Salientando a rapidez da digitalização nos diversos serviços e o crescimento dos desafios digitais e tecnológicos no sector marítimo, Helena Carreiras, referiu as oportunidades existentes, nomeadamente, a capacitação espacial para a vigilância marítima e o intercâmbio de informações.

“O Oceano Atlântico destaca-se como um ecossistema único. De facto, os desenvolvimentos digitais e tecnológicos no domínio marítimo são essenciais para cooperar com parceiros de todo o Atlântico, uma vez que estes desenvolvimentos são fundamentais (…) para o conhecimento da situação marítima e para identificar os desafios crescentes que temos de enfrentar", salientou Helena Carreiras.

Referindo-se à iniciativa do Centro do Atlântico a Ministra da Defesa, defendeu que o seu papel é cada vez mais fundamental pois “o Atlântico é a principal ligação entre América, Europa e África" e, neste contexto, “Portugal tem liderado esta iniciativa nos últimos anos, construindo e apresentando um leque variado de atividades e parceiros"

“O Centro Atlântico é um projeto dinâmico e flexível que se tem adaptado regularmente às diferentes necessidades e especificidades do oceano Atlântico, ao mesmo tempo que constrói ligações entre os diferentes intervenientes. Uma das vantagens mais evidentes é o facto de reunir à mesma mesa países e organizações do Atlântico Norte e do Atlântico Sul. Investir no Centro Atlântico é investir em soluções que nos servem a todos. Juntos podemos ir mais longe, fazer mais e assegurar uma participação efetiva de todo o Atlântico" rematou.

Para o atual Diretor do Centro, o Contra-Almirante Nuno de Noronha Bragança, o Centro do Atlântico “tem desempenhado o seu papel na promoção do diálogo político sobre a segurança marítima atlântica, suscitando a reflexão e o debate sobre um desafio transversal a esta região", e que é precisamente em circunstâncias como as atuais, de elevadas dificuldades como a que atravessa a comunidade internacional, “que o trabalho de esclarecimento e de debate se tornou verdadeiramente crucial, desempenhando um papel fundamental para facilitar a compreensão do mundo contemporâneo", disse.

“O Centro do Atlântico conseguiu alargar a sua projeção externa, tendo também demonstrado uma notável capacidade de atração e atestado  interesse por parte de países terceiros e organizações que procuram obter o estatuto de membro ou de observador"(…)"Creio que esta panorâmica nos permite encarar o futuro do Centro do Atlântico com um otimismo crescente (…) com os olhos postos nos seus resultados como forma de compreender o presente, confiantes de que a escolha entre as opções atualmente disponíveis resultará num futuro que está nas mãos de todos nós para continuar a construir", concluiu.

A III edição do Curso de Segurança Marítima, organizado pelo Centro do Atlântico e pelo Instituto da Defesa Nacional, este ano subordinado ao tema “Desafios digitais e tecnológicos no setor marítimo", contou com a parceria do Instituto Marítimo do Golfo da Guiné, em Accra, do Policy Center for the New South, em Rabat, do Institute for Security Studies, em Pretória, e do United Nations Institute for Training and Research. 

Oficializado em 2021, por iniciativa do Governo português, o Centro do Atlântico, conta atualmente com 21 países signatários da Europa, da África e da América, e tem como objetivo reforçar o diálogo político, a investigação, a produção de conhecimento e a capacitação para a segurança no Atlântico.


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