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Quinze militares portugueses dos três ramos das Forças Armadas estiveram até hoje, dia 1 de março, em Madrid, a realizar um exercício de interoperabilidade ao nível das comunicações e sistemas de informação (CSI)


04 de março de 2019 - Fonte: EMGFA

Quinze militares portugueses dos três ramos das Forças Armadas estiveram até hoje, dia 1 de março, em Madrid, a realizar um exercício de interoperabilidade ao nível das comunicações e sistemas de informação (CSI), com vista a garantir o devido uso da capacidade militar de Comando e Controlo em exercícios e eventuais operações combinadas entre as Forças Armadas portuguesas e espanholas.

Este exercício conjunto (com militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea) e combinado (entre Forças Armadas aliadas), coorganizado entre Espanha e Portugal, denomina-se de “Validación, Verificación y Confirmación Nacional – Federated Mission Networking 2019 (V2CN FMN 2019)” e decorreu na região de Madrid, Espanha, desde o dia 14 de fevereiro.

Esta é a 2ª edição deste exercício e conta com a participação de 60 elementos, entre portugueses e espanhóis, que estão a operar 5 módulos autónomos de CSI, efetuando mais de 3200 testes de conetividade e interoperabilidade. No final será possível a ambos os países partilhar informação, utilizando os seus próprios recursos, tanto através de diversas ferramentas de produtividade e colaboração, como de ferramentas próprias de utilização operacional que permitem ter um panorama em tempo real da situação num teatro de operações simulado.

O V2CN enquadra-se na necessidade de Portugal, juntamente com outro aliado, de testar e validar procedimentos na implementação de CSI em ambiente federado, em antecipação a um evento de confirmação da conformidade tecnológica, processual e procedimental NATO.

A “Federated Mission Networking (FMN)” é uma iniciativa NATO que pretende trazer a tão desejada interoperabilidade de sistemas de informação, entre países Nato e entre entidades passíveis de colaborarem em operações de Coligação, desde o primeiro dia de uma operação NATO.

A FMN é fruto das lições apreendidas das Operações Endurance Freedom e ISAF, no Afeganistão, que despertou a consciência de que a interoperabilidade não passa somente pela uniformização tecnológica, mas também pela uniformização de processos e pelo treino padronizado dos militares. Esta interoperabilidade possibilita a partilha de informação entre entidades distintas, i.e., em ambientes federados, permitindo panoramas operacionais únicos e disponibilizando ferramentas de Comando e Controlo que permitam o uso eficiente de recursos e a perda de vidas nos campos de batalha.

Ao promover a interoperabilidade, nivelando a tecnologia e reduzindo custos através da federação de sistemas, a NATO e as Forças de Coligação tornam-se assim mais ágeis e resilientes na reação aos cenários internacionais emergentes.

O enquadramento da FMN passa pelos requisitos, especificações, normas, tecnologias, procedimentos, instruções e arquiteturas, em constante evolução, que possam ser utilizadas em todo o tipo de treinos, exercícios e operações militares. O seu lema representa claramente o seu intuito: Federar para Partilhar, Partilhar para Vencer.

A delegação portuguesa é constituída por 15 elementos, 2 militares do Estado-Maior-General das Forças Armadas, 4 da Marinha, 4 do Exército e 5 da Força Aérea. Esta equipa multidisciplinar é proveniente das componentes técnicas e operacionais, onde administram e operam diariamente os sistemas de comunicações e de informação das Forças Armadas portuguesas.

Última atualização: 06 de março de 2019

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