O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou ontem a “diversidade galopante” das áreas da intervenção da Força Aérea, desde a defesa e o policiamento aéreo até às “missões de serviço à comunidade”, como é o caso dos salvamentos em escarpas e no mar, transporte de doentes e de órgãos entre o continente e as regiões autónomas.
No final de um briefing no Comando Aéreo, acompanhado pelo Minis...tro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, o Presidente da República sublinhou o empenhamento do Governo na programação a médio e longo prazo dos recursos necessários ao cumprimento da sua missão.
“Não é só apenas a preparação e atualização constante dos recursos humanos, é também a disponibilidade de aeronaves”, frisou o PR, referindo que este “é um desafio que se coloca permanentemente” e que a concretização do calendário da programação militar começará “em breve”.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa - que acompanhou “o nascimento, o crescimento e a afirmação bem-sucedida” da Força Aérea nos últimos 60 anos - os cidadãos reconhecem, cada vez mais, a importância deste Ramo das Forças Armadas e agradecem a sua prestação em prol da comunidade.
A propósito do fim da “vivência” das aeronaves F16, o PR relembrou que o planeamento nas Forças Armadas vai para além dos mandatos do PR, pelo que a sua renovação poderá ser concretizada daqui a uns anos, à semelhança do que acontece noutros países-membros das alianças em que Portugal se insere.
De acordo com o briefing apresentado pelo Diretor de Operações Aéreas, Brigadeiro-general Paulo Mateus, a Força Aérea Portuguesa cumpriu, ao todo, em 2016, 30 missões de transporte de órgãos e evacuou 568 doentes.
Em termos de busca e salvamento, em 2017, já realizou 87 missões, das quais 45 pessoas foram salvas. Conta ainda com 33 resgates em navio e dos quais resultou a recuperação de 28 pessoas.
Para além destas missões dentro do território nacional, a Força Aérea está envolvida em diversas missões no exterior, como é o caso das missões MINUSMA (Mali), MINUSCA (República Centro-Africana) e FRONTEX, responsável pela deteção de 116 500 embarcações e salvamento de 8 850 migrantes.