O clima foi de festa, pleno de elogios e reconhecimento nas instalações centrais da Marinha, onde esta sexta-feira se comemorou o primeiro Dia da Policia Marítima(PM). O evento foi presidido pelo Ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e contou com a presença do Secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrelo, do Secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, e do Chefe de Estado Maior da Armada, o Almirante Macieira Fragoso, assim como outros representantes de entidades ligadas à ação da PM.
Depois das condecorações a vários elementos da Policia Marítima e do usual momento de homenagem aos mortos em combate, foi a vez do Ministro da Defesa Azeredo Lopes usar da palavra para destacar o papel da Polícia Marítima enquanto entidade que zela por uma "área crucial para o nosso país: o mar".
O MDN afirmou que a PM tem cumprido de "modo exemplar com as suas funções, tem sabido modernizar-se", apostar na "melhoria das condições de operação, nos incentivos ao pessoal, da identidade e da comunicação, dos procedimentos e uniformização de regras e de organização interna".
Depois de apontar alguns resultados de ação dos últimos anos, assim como os efeitos positivos dos mesmos na segurança do ambiente marítimo, Azeredo Lopes realçou novamente o papel desta " força que preserva e protege o ambiente marinho, que salvaguarda pessoas e bens, que contribui para que Portugal seja cada vez mais um país com vocação e cultura marítimas". "Uma força indispensável", concluiu.
No seu discurso, o Comandante Geral da PM, o Vice-Almirante António Silva Ribeiro foi ao encontro das palavras do MDN. Exaltou a importância do dia como um ato de reconhecimento do papel que a organização tem assumido "de forma construtiva e interventiva no exercício da autoridade do Estado em todos os espaços sob jurisdição marítima."
Silva Ribeiro indicou alguns dos números que sustentam essa importância, relativos ao último ano, em que a PM realizou mais de cem mil ações de fiscalização, reportando 1200 crimes e 7700 contraordenações, participando na missão de salvamento marítimo na Grécia, que se refletiu "no salvamento de mais de 3500 vidas humanas de refugiados", a somar "às ações de assistência e de cooperação com outras forças europeias".
Relativamente ao futuro, o Vice-Almirante Silva Ribeiro delimitou, por fim, alguns projetos e necessidades que passam pela qualificação dos recursos humanos, a obtenção de equipamento, o investimento nas infraestruturas, entre outros.
O Ministro da Defesa atribuiu uma condecoração coletiva ao Comando Geral da PM, que definiu como "justa e merecida". A cerimónia terminou com o desfile dos militares e dos meios da PM.