O Ministro da Defesa Nacional esteve hoje na Freguesia de Santo Amaro, em Sousel, para homenagear os 146 filhos da terra que partiram para servir as Forças Armadas na Guerra Colonial. “Lembramo-nos deles, porque um país sem memória seria um país sem futuro”, declarou João Gomes Cravinho antes da inauguração do memorial com os nomes dos antigos combatentes inscritos.
“O dever de preservação da memória é um imperativo para qualquer sociedade, e o trabalho que a Liga dos Combatentes faz é nesse sentido um trabalho estruturante para o nosso País, e para quem nós somos como Povo”, sublinhou o Ministro, recordando tanto o trabalho de proximidade que a Liga desenvolve através dos seus núcleos como o trabalho que começará no início de julho em Angola de identificação dos soldados e dignificação dos cemitérios, onde se encontram os restos mortais de militares.
“É também através de iniciativas que gradualmente vamos reaproximando os portugueses da Defesa Nacional, ultrapassando as distâncias que de forma paulatina e despercebidamente se foram criando”, considerou. “Os ex-combatentes são uma das faces mais visíveis da instituição militar na nossa sociedade. Sejam os combatentes da Guerra Colonial, sejam os das missões internacionais que desde a década de 1990 têm mobilizado as nossas mulheres e homens de farda, todos eles carregam consigo os princípios da coragem, da lealdade, do sacrifício e do serviço público que marcam a condição militar. Todos são um exemplo da dedicação, que Portugal deve reconhecer”.
Para o Ministro, o caso de Santo Amaro ilustra como, em momentos difíceis para o país, os portugueses estiveram presentes: “aqui, em Santo Amaro, cumpre-se o dever de memória”, disse, confessando que gostaria que se cumprisse por todo o país, não só em honra dos que combateram, mas por considerar que estes monumentos são espaços de memória coletiva que nos estimulam a pensar o país e a valorizar todos os que a ele se dedicaram e dedicam.