Este visava exercitar o Batalhão na execução de operações de controlo de tumultos.
O cenário desenhado para o BOAR II teve por base uma escalada de tensão interétnica, simultaneamente em diferentes locais do Kosovo, obrigando a Polícia do Kosovo a pedir apoio à missão europeia no território EULEX e à KFOR.
O exercício estava dividido em três fases. No primeiro dia decorreu a primeira fase, mais teórica, na qual foram apresentadas as forças envolvidas, a organização, as capacidades e os procedimentos. Houve ainda uma demonstração que permitiu o contato com as viaturas, os equipamentos e os armamentos envolvidos.
No segundo dia, realizaram-se treinos cruzados, permitindo às unidades conhecerem os procedimentos de cada uma, fomentando a interoperabilidade. Na última fase, que decorreu no terceiro dia, as forças treinaram todos os procedimentos característicos de controlo de tumultos. O Comando e o Estado-Maior do KFOR tiveram também a possibilidade de treinar a coordenação e o comando das forças num ambiente complexo.
O Exercício BOAR II teve a participação de praticamente todas as Unidades que integram a KFOR, trabalhando lado a lado, na resolução de vários incidentes de escalada de tensão, num ambiente multinacional de elevado profissionalismo e sã camaradagem.
A presença da KFOR tem sido crucial na manutenção da segurança e proteção para todos os indivíduos e das comunidades no Kosovo, continuando a ter um papel decisivo na manutenção de um ambiente seguro.
A KFOR foi criada em 1999 e conta ainda com um efetivo multinacional de aproximadamente 5 mil militares. Portugal participa na missão desde o seu início e tem atualmente destacado o 2º Batalhão de Infantaria Mecanizado, que assumiu o comando da reserva tática do Comandante da KFOR.
Recorde-se que Portugal participa em 16 missões internacionais, com enfoque para a participação em operações das Nações Unidas, da União Europeia e da NATO com capacidades e meios, tendo atualmente 489 militares nestas Forças Nacionais Destacadas.