A sessão informativa sobre como fazer negócios com a Agência de Support e Procurement da NATO “NSPA - NATO Support and Procurement Agency Info Day”, juntou no dia 8 de Janeiro, mais de 100 empresas na sala da cisterna, do Forte de São Julião da Barra, em Oeiras.
A conferência foi organizada de forma conjunta pela Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, do Ministério da Defesa Nacional, Plataforma das Indústrias de Defesa Nacional (idD), AICEP e NATO Support and Procurement Agency (NSPA).
O Dia Informativo teve como objetivos atrair o máximo de empresários para o “Dia da Indústria Portuguesa na NSPA”, que se realizará a 23 de Março de 2016 na sede da Agência, no Luxemburgo, aprofundar o conhecimento sobre o funcionamento da NSPA e aumentar o volume de bens e serviços adjudicados a empresas portuguesas.
Para o Embaixador Luís de Almeida Sampaio, representante permanente junto da NATO, a atual transformação da Aliança Atlântica é um processo recente cheio de oportunidades para a Indústria Portuguesa. A preocupação relativamente ao Mediterrâneo comporta em si um conjunto de oportunidades “para as nossas empresas e empresários”, dado que estão mais próximos geográfica e culturalmente
Alberto Coelho, Diretor-Geral de Recursos da Defesa Nacional, defendeu que apesar da sua dimensão a indústria de defesa nacional tem sabido adotar estratégias bem-sucedidas para enfrentar um mercado muito fechado, competitivo e de difícil penetração.
O Administrador da AICEP, Pedro Correia, afirmou haver um longo caminho a percorrer comparativamente a outros países e a disponibilidade da sua organização para auxiliar as empresas nesse processo.
Por seu lado, Eduardo Filipe, Presidente do Conselho de Administração da idD, concordou que existe margem para progressão: atualmente a indústria de defesa representa 1% do PIB e o objetivo para o idD é duplicar este valor na próxima década.
O Secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, a encerrar a iniciativa, considerou que “a existência de uma indústria de defesa forte é decisiva para a efetiva autonomia e capacidade de cumprimento das missões das forças armadas”, as quais “não podem estar totalmente dependentes do apoio externo”.
Para Marcos Perestrello, as indústrias de defesa estão hoje associadas a tecnologias de elevado valor acrescentado, muitas vezes com potencial de utilização para fins civis, com grande capacidade de exportação e de emprego qualificado. Contudo, o Secretário de Estado alerta que existe um longo caminho a percorrer, apontando, por exemplo, o desafio das empresas se agregarem em consórcio que lhes permitam adquirir outra capacidade de internacionalização.
Em 2013, a realização da iniciativa “O Dia da Indústria Portuguesa na NSPA” teve um impacto significativo no retorno para as empresas nacionais, que cresceram de 1.13M€ (2013) para 6.62M€ (2014). Este ano espera-se manter o ímpeto de crescimento do retorno industrial, procurando alargar o leque setorial de empresas envolvidas nos negócios da NSPA.