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O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, esteve presente, esta manhã, na partida da fragata “Álvares Cabral”, da Marinha Portuguesa, da Base Naval de Lisboa, no Alfeite

Portal da Defesa na InternetInícioComunicaçãoNotíciasFragata Álvares Cabral parte para missão Mar Aberto um percurso “simultaneamente histórico e do presente”
23 de janeiro de 2019

O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, esteve presente, esta manhã, na partida da fragata “Álvares Cabral”, da Marinha Portuguesa, da Base Naval de Lisboa, no Alfeite, em direção à costa ocidental africana, para a Missão Mar Aberto, uma missão no âmbito da Cooperação no Domínio da Defesa.

O Ministro da Defesa Nacional desejou “excelente viagem” a todos os membros da guarnição nesta “missão importante para a segurança de Portugal” e que “pode ser entendido” quando olhamos para o mapa “como uma réplica da viagem do Diogo Cão” no final do Século XV e que “marcou aquilo que é o destino e a natureza de Portugal e a missão que hoje começa tem, a ver com esse destino e essa natureza”.
João Gomes Cravinho destacou que “Portugal é um país marítimo” que em pleno “século XXI” significa que é “um país profundamente empenhado em apoiar a segurança dos mares que lhe são mais próximos” e em que “o Golfo da Guiné, pelo qual vão navegar” é uma região que “oferece desafios significativos para a comunidade internacional”, para os estados do Golfo, “para a comunidade internacional mais amplamente” e para a Europa.
O Ministro da Defesa Nacional salientou que “os problemas de falta de segurança no Golfo da Guiné são problemas que se repercutem no nosso continente”, sendo por isso a “vossa missão diretamente relacionada com a segurança de Portugal”, onde “replicar a viagem de Diogo Cão hoje significa cooperar com os países ribeirinhos do Golfo da Guiné”, alguns dos quais nos são muito próximo, como Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe e Angola.
A missão Mar Aberto irá estender a cooperação a outros países como é o caso do Benim, a Costa do Marfim, Togo e a Nigéria, “países que fazem parte do vosso percurso”, que é “simultaneamente histórico e do presente”, “virado para a segurança de Portugal no século XXI”.
“São marinheiros no mar e embaixadores em terra, quando chegam a esses países serão todos vistos pelas populações locais como embaixadores”, considerou o Ministro da Defesa, e, como tal, “gostaria de vos dizer que enquanto português, enquanto cidadão, enquanto ministro, olho com grande orgulho para o trabalho que fazem no mar e sei também que estarão à altura desse cargo de embaixadores de Portugal quando estão em terra”, concluiu, desejando a toda a guarnição do navio “felicidades”.

 

Mar aberto 2019

A “Álvares Cabral” inicia esta terça-feira a missão Mar Aberto 2019, que se prolongará até ao próximo dia 6 de abril. O navio navegará cerca de 9.000 milhas náuticas, visitando a República de Cabo Verde, a República Democrática de São Tomé e Príncipe, a República do Gabão, a República de Angola, a República dos Camarões e a República da Costa do Marfim.
Durante a permanência nestes países, o navio desenvolverá ações no âmbito dos acordos de cooperação bilateral, em matérias como a vigilância, fiscalização e segurança marítima, bem como outras ações de apoio à política externa do Estado, relevando-se, nesta matéria, o apoio à visita do Presidente da República, que decorrerá durante a estadia em Luanda e a promoção da indústria da base tecnológica de Defesa Nacional junto dos países visitados.
A deslocação do navio à costa ocidental africana vai permitir ainda efetuar o transporte de diverso material em apoio a entidades e organismos sediados nesses países, onde assume particular importância o apoio logístico ao navio patrulha “Zaire”, também da Marinha Portuguesa, que se encontra em missão de capacitação da Guarda-Costeira de São Tomé e Príncipe, desde o dia 3 de janeiro de 2018.
A fragata portuguesa irá ainda, durante este período, participar no exercício “OBANGAME EXPRESS”, promovida pelo “United States Naval Forces Europe-Africa”, visando aprofundar a cooperação regional e a partilha de informação entre os diversos centros de comando e controlo de operações marítimas no Golfo da Guiné e promover o intercâmbio de conhecimento na área do domínio marítimo.
A “Álvares Cabral” é comandada pelo capitão-de-fragata Alexandre dos Santos Fernandes e tem embarcados 156 militares, incluindo o Comandante da Missão Mar Aberto e da Unidade de Tarefa, capitão-de-mar-e-guerra Nuno António de Noronha Bragança, uma equipa de fuzileiros, uma equipa de mergulhadores e uma equipa médica.

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