“As Forças Armadas estão com total capacidade operacional para poderem intervir em cenários desta natureza”, afirmou o Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, durante a visita ao exercício “Lusitano 2013”, a decorrer na Madeira, com o objetivo de estudar uma catástrofe natural e uma crise de segurança na região.
Para o Ministro da Defesa Nacional este exercício é “muito importante” porque mostra a capacidade das Forças Armadas para responder a “situações de natureza excecional, nomeadamente, através da intervenção da Força de Reação Imediata”.
“É um exercício que envolve os meios dos três ramos das Forças Armadas e que mostra que, quando é necessário intervir num cenário real, é por força de muito treino (…) que as Forças Armadas conseguem e que dão tranquilidade e segurança aos portugueses”, referiu Aguiar-Branco, destacando, com “muito apreço” o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), General Luis Araújo, o “primeiro rosto desta operação”.
O “Lusitano 2013” integra mil militares empenhados e está a decorrer desde segunda-feira. O exercício é da responsabilidade do CEMGFA e envolve diversos departamentos do Estado, designadamente, o Ministério da Defesa Nacional e o Serviço Regional de Proteção Civil.
Neste exercício participam diversos observadores internacionais, nomeadamente de forças de países como França, Itália, Marrocos, Líbia e Mauritania, que foram convidados no âmbito da presidência portuguesa da Iniciativa 5+5 Defesa.
O cenário do exercício inclui uma ameaça transnacional no Porto Santo e uma catástrofe natural na Madeira, além de uma forte tempestade que afeta ambas as ilhas.
Integra também o pedido de um navio conotado com uma organização criminosa para atracar no Porto Santo, uma aterragem não autorizada de um avião suspeito e a tomada de assalto das infraestruturas aeroportuárias com reféns militares e civis nacionais.
O exercício, que termina no dia 27, treina a projeção de forças, operação aerotransportada, desembarque anfíbio, operações especiais, tomada de objetivos, resgate de reféns e patrulhamentos.
O controlo do mar, o apoio logístico e a sustentação, o controlo aéreo, o apoio à proteção civil, a ajuda humanitária e a cooperação civil militar são outras das ações previstas.