Foi assinado um protocolo de cooperação entre o Exército português e a Câmara Municipal de Mira, com vista à desobstrução do leito do canal de Mira, numa extensão de 16 km.
Durante a cerimónia, que decorreu nos Paços do Concelho da autarquia, o ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, referiu que é fundamental “dar maior visibilidade a este trabalho, que é de ‘formiga’, mas que deve merecer todo o nosso respeito e o nosso aplauso”.
Para o titular da pasta da Defesa Nacional este protocolo enquadra-se “nas missões de interesse público e de duplo uso que as forças armadas, em geral, fazem com as autarquias locais”.
“Há outros protocolos com outras autarquias em função das necessidades que são identificadas pelas respetivas autarquias”, declarou Aguiar-Branco aos jornalistas, no final da visita ao local dos trabalhos em curso, entre o Poço da Cruz e Ermida.
O ministro da Defesa Nacional referiu ainda que “apesar do período extraordinariamente difícil” foi possível, “às Forças Armadas, em geral, e ao Exército, em particular (…) continuar a cumprir estas missões de interesse público”.
Também o presidente da Câmara Municipal de Mira, Raul Almeida, referiu que, recorrer à engenharia militar, constitui "uma fórmula eficiente e com custo controlado de forma a limpar estes cursos de água que, com o aproximar do inverno, era bastante necessário”.
Os trabalhos de desobstrução do leito do canal de Mira tiveram início na segunda-feira e vão prolongar-se durante cerca de dois meses (ou menos). O Exército, através do Regimento de Engenharia nº 3 (Espinho), tem no terreno três máquinas giratórias.