O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco presidiu, esta manhã, à cerimónia de receção da Força Nacional Destacada (FND) no Mali, que decorreu na Base Aérea nº 6 (BA6), no Montijo, onde foram condecorados 12 militares pelos serviços prestados no âmbito da Força Nacional MINUSMA 2015.
A operação MINUSMA decorreu ao abrigo das Nações Unidas e teve empenhado uma aeronave C130 e uma aeronave C295. Ao todo, foram executadas 300 horas de voo, transportados 3128 passageiros e 189.894 kg de carga, em missões de transporte logístico e de apoio às forças especiais suecas.
Durante a intervenção que dirigiu aos presentes, José Pedro Aguiar-Branco referiu-se ao radicalismo islâmico como “o novo elemento catalisador dos conflitos na região” no Sahel ou no norte de África, “facilitando o aparecimento de novos antagonismos ou agravando os já existentes”.
“É com este flagelo que o Mali se debate atualmente. Uma disputa entre forças militares e rebeldes islâmicos associados a redes terroristas. Ao não ser controlados podem transformar o Mali num novo Afeganistão, com consequências desastrosas para a segurança mundial”, acrescentou.
O responsável pela pasta da Defesa Nacional realçou ainda a qualidade do soldado português que mais uma vez foi reconhecida pelos parceiros internacionais. José Pedro Aguiar-Branco referiu também “a importância do processo da reforma da Defesa Nacional” nos resultados que têm sido alcançados “no cumprimento das missões, quer ao nível nacional, quer ao nível internacional”.
A propósito do Estatuto dos Militares das Forças Armadas, hoje publicado em Diário da República, o governante disse que “as alterações decorreram, essencialmente, das adaptações à nova macroestrutura das Forças Armadas e da adequação da carreira militar ao contexto da Defesa 2020, salvaguardando sempre as especificidades da condição militar”.