“Olhar para as Comunidades como autênticos postos avançados e de Portugal” e valorizá-las é uma obrigação que decorre do Conceito Estratégico de Defesa Nacional, realçou a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional na intervenção que fez esta quinta-feira perante quase três dezenas de luso-eleitos, reunidos na Assembleia da República, num Encontro Mundial organizado pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e pelo jornal “Mundo Português”.
“A nossa capacidade de afirmação como nação está intimamente ligada a Comunidades portuguesas fortes, bem preparadas e interventivas”, acrescentou Berta Cabral, destacando que a proteção das Comunidades portuguesas no estrangeiro figura na primeira linha da escala geopolítica de prioridades para o emprego de recursos militares nacionais. O Conceito Estratégico considera quatro níveis de intervenção.
Citando o documento que “define os aspetos fundamentais da estratégia global a adotar pelo Estado para a consecução dos objetivos da política de segurança e defesa nacional”, Berta Cabral lembrou que “a valorização das Comunidades e o reforço da ‘contribuição dos nossos emigrantes e seus descendentes para a capacidade de influência nacional’ estão entre as seis linhas de ação estratégica para desenvolver o potencial de recursos humanos necessário para alcançar os objetivos pretendidos por Portugal”.
“Para que esta valorização e contribuição se verifiquem, existe uma condição sine qua non: promover a Língua Portuguesa”, sublinhou Berta Cabral, pedindo “às nossas Comunidades” – que classificou com “verdadeiras embaixadas coletivas de Portugal” – “a preocupação de promover o ensino da Língua Portuguesa e encará-lo como um bom investimento”.