Durante o ano de 2014, de maio a setembro, as praias portuguesas receberam cerca de 70 milhões de visitantes, mas a época balnear termina com menos mortes. Este ano perderam a vida 7 pessoas nas praias nacionais, menos cinco que no ano passado. O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, destacou “o resultado alcançado altamente meritório”.
“Os resultados são realmente excepcionais, nomeadamente nas praias fluviais, onde não há nenhum morto a lamentar”, foi desta forma que o ministro da Defesa Nacional se referiu ao balanço positivo registado esta época balnear. “Pelo reforço que houve, quer do ponto de vista da prevenção, da sinalética e da ação do Instituto de Socorros a Náufragos e da Autoridade Marítima Nacional, o que significa que foi uma alteração muito positiva”, destacou José Pedro Aguiar-Branco.
O Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) divulgou, esta manhã, numa apresentação sobre a época balnear de 2014, que os nadadores salvadores realizaram 472 intervenções nas praias concessionadas e 195 em praias não concessionadas, mas abrangidas por sistemas integrados. Foram ainda realizadas 802 assistências de primeiros socorros e 159 buscas, com sucesso, de crianças perdidas na praia por nadadores salvadores.
Em projetos do ISN, realizados com a ajuda de meios atribuídos por parceiros na vertente de responsabilidade social, foi possível realizar 189 salvamentos, 813 assistências de primeiros socorros e 120 buscas de crianças perdidas. Para Aguiar-Branco a cooperação feita entre entidades públicas, empresas e autarquias, permite obter “um resultado melhor”.
A sessão decorreu no rio Douro, onde foi feita uma demonstração da boia “U-safe”. Uma das apostas do ISN para a próxima época balnear é a utilização desta boia telecomandada, capaz de fazer salvamentos em condições extremas. Depois de assistir a um simulacro de salvamento com a boia “U-safe”, José Pedro Aguiar-Branco considerou que “muitas vidas irão ser salvas por esta inovação que é feita numa boia”. “A boia que todos conhecemos tem 200 anos”, e esta “é uma alteração muito significativa usando novas tecnologias”, concluiu o titular da pasta da Defesa Nacional.