Foi esta manhã apresentado, pelo ministro da Defesa Nacional, pelo Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e pelos Chefes dos Estado-Maiores dos Ramos, o Exercicio da NATO - Trident Juncture 2015, que decorre entre 03 de outubro e 06 de novembro em Portugal, Espanha e Itália.
Portugal terá cerca de 6.000 os efetivos envolvidos neste exercício. Para além dos 3.000 militares portugueses que participam diretamente no exercício, haverá ainda mais 3000 militares nacionais que funcionarão como forças de apoio, por Portugal ser uma das nações hospedeiras.
O Tridente Juncture vai decorrer nas zonas de Beja, Santa Margarida, Tróia e Setúbal e contará, em território nacional, com mais de 10 mil efetivos de 14 países participantes, conforme anunciado hoje na apresentação oficial do exercício, que decorreu no Comando Conjunto para as Operações Militares, em Oeiras.
O exercício Trident Juncture vai envolver, mais de 30 mil efetivos de 30 nacionalidades diferentes e divide-se em duas partes. O exercício de Postos de Comando (CPX), que decorre entre 03 e 16 de outubro, e o exercício com Forças (LIVEX), entre 21 de outubro e 06 de novembro.
"O objetivo principal do exercício é garantir a capacidade da NATO em planear, gerar, preparar, projetar e sustentar forças e meios atribuídos em qualquer região do globo", afirmou o ministro da Defesa Nacional.
José Pedro Aguiar-Branco afirmou ainda que "através de exercícios como o Trident Juncture 15 a NATO providencia mais valor aos Estados-membros num compromisso mais forte na defesa nacional". "O cenário do exercício demonstra uma natureza defensiva das atividades da Aliança e a capacidade para ajustar esta postura quando for necessário", reforçou o ministro da Defesa Nacional.
A nível militar pretende-se, ainda, "explorar e potenciar todas as oportunidades de treino para a componente operacional do sistema de forças no âmbito naval, terrestre e aéreo num ambiente multinacional e de grande exigência, que irá certificar e validar as capacidades operacionais existentes", defendeu o General CEMGFA, Artur Pina Monteiro.
Para o ministro da Defesa Nacional, este exercício constitui "uma excelente oportunidade para reforçar a reputação e a visibilidade de Portugal a nível internacional, permite simultaneamente demonstrar o comprometimento e empenhamento de Portugal na Aliança Atlântica como nação coprodutora de segurança", sendo também um "enorme desafio, que implica um esforço nacional que ultrapassa o Ministério da Defesa".
Será organizado durante o periodo do Trident Juncture, o Fórum da Indústria NATO 2015, que decorrerá entre 19 e 20 de outubro, em Lisboa, e durante o qual será possível às indústrias "apresentar as principais evoluções tecnológicas em curso ou previstas com utilidade para as capacidades militares", avançou José Pedro Aguiar-Branco.