O Ministro da Defesa Nacional deslocou-se esta manhã a Rio de Moinhos, no concelho de Abrantes, para acompanhar uma ação de patrulhamento do Exército, no âmbito da prevenção de incêndios florestais.
Este trabalho de patrulhamento é de “uma importância é enorme”, afirmou João Gomes Cravinho, recordando que “temos agora nestes dias, de acordo com as previsões meteorológicas, um elevado risco de incêndio e uma das formas de mitigar o risco é precisamente ter as patrulhas a acontecerem de forma constante”.
Até domingo, por solicitação da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o Exército e a Marinha empenham 226 militares, distribuídos por 24 patrulhas (18 do Exército e 6 da Marinha), em ações de patrulhamento dissuasor, em 18 distritos de Portugal Continental: Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Uma aeronave P-3C CUP+ da Força Aérea Portuguesa, com uma tripulação de 10 militares, está também a realizar ações de patrulhamento e fiscalização em locais sinalizados como de risco muito elevado de incêndio, a pedido da Guarda Nacional Republicana (GNR).
“Temos dezenas de patrulhas todos os dias e, neste momento, mais de 330 militares envolvidos dos três Ramos [das Forças Amadas] com diferentes meios”, anunciou o Ministro.
108 militares, da Marinha e do Exército, distribuídos por 36 patrulhas, vão estar empenhados diariamente, até 30 de setembro, na vigilância das florestas e sensibilização da população, ao abrigo do Protocolo Faunos, celebrado com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Sublinhando o trabalho de estreita ligação com a ANEPC, com o ICNF e com as autarquias, o Ministro da Defesa Nacional afirmou que “é que permite que os militares estejam no sítio certo, nos momentos certos, para vigiar, para dissuadir e também para explicar às populações que vão encontrando a importância de estarem atentas em relação à possibilidade de possíveis ignições”.
‘Drones’ da Força Aérea reforçam vigilância
O Ministro da Defesa anunciou que os primeiros dois de um total de doze sistemas de aeronaves não tripuladas (UAS), cuja aquisição é gerida pela Força Aérea, entram ao serviço na Lousã, a partir da próxima semana e em agosto vão estar a cobrir “todo o território nacional”.
Os 12 UAS, cujo programa de aquisição se encontra ao abrigo da Resolução do Conselho de Ministros 38-A/2020, têm uma “autonomia de voo na ordem das dez horas, podem voar de dia e de noite e têm sensores que permitem identificar ignições durante a noite”, explicou João Gomes Cravinho aos órgãos de comunicação social presentes em Abrantes, sobre os meios que “reforçam muito significativamente a capacidade de identificação de focos de incêndio”.
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