“Nós naquela altura éramos obrigados. Agora só vai quem quer.
(…) O meu Batalhão teve 11 mortos.”
João Sousa relata o serviço militar no Ultramar, desde a mobilização em outubro de 1967, a partida no navio Vera Cruz, chegada ao norte de Moçambique (região de Nacala, Milange, Mueda, Nangololo, etc.) enquanto Zona de Intervenção a 100% e das dificuldades inerentes a uma zona de intervenção máxima. Aborda a comunicação com a família através dos famosos aerogramas, a passagem para perto da fronteira com a Zambézia em fevereiro de 1969 e termina com o que sentiu no regresso a Lisboa, em 15 de dezembro de 1969.
Testemunho na primeira pessoa do bejense João António Alberto Sousa, Sócio Combatente da Liga dos Combatentes, que cumpriu a sua comissão de serviço na Guerra do Ultramar em Moçambique, como Primeiro-Cabo de Transmissões, entre outubro de 1967 e dezembro de 1969.
Este projeto resulta de uma parceria estabelecida entre a União das Freguesias de Beja (Santiago Maior e São João Baptista) e o Núcleo de Beja da Liga dos Combatentes. Com realização e edição de Nelson Patriarca, foi desenvolvido no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974.