“Ao atravessar a fronteira sou apanhado pela PIDE”
António da Costa Oliveira apresenta o seu particular testemunho sobre o período da Guerra do Ultramar, antes e durante a mobilização, onde serviu como Soldado Rádio-Telegrafista em Angola no ano de 1973.
Natural de Penafiel, refere que não sabia nada da guerra. Entretanto tinha emigrado para França mas regressou a Portugal por motivos pessoais e, nessa altura, foi apanhado na fronteira pela PIDE, sendo enviado de imediato para o Quartel-General do Porto, recebendo pouco tempo depois a notícia da mobilização.
Parte para a guerra em Angola (região de Zala), onde acaba ferido, perdendo uma perna e parte de uma mão, no dia 1 de abril de 1973, durante uma emboscada em que pisa uma mina. Conta pormenores de tudo o que aconteceu nesse dia.
Aborda ainda as dificuldades operacionais existentes, como a utilização de rádios diferentes dos que tinha recebido instrução.
António Oliveira é Sócio do Núcleo de Beja da Liga dos Combatentes.
Projeto de parceria entre a União das Freguesias de Beja (Santiago Maior e São João Baptista) e o Núcleo de Beja da Liga dos Combatentes, com realização e edição de Nelson Patriarca, desenvolvido no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974.