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​​​​​​​​​​​​​​​Memórias de ​​​​​​​​​Gue​rra​​​​ #3​​​​​

Uma experiência vivida e contada na primeira pessoa ​por António Jesus Requeijão Barrocas

“Na Ilha da Boavista, donde era natural o Amílcar Cabral, chefe do PAIGC na altura (…) eu conheci familiares do Amílcar Cabral, tios. Eles davam-se bem connosco, nós dávamo-nos bem com eles.” 


Testemunho na primeira pessoa do bejense António Jesus Requeijão Barrocas, Sócio Combatente da Liga dos Combatentes, que cumpriu a sua comissão de serviço na Guerra do Ultramar em Cabo Verde, como Alferes Miliciano de Infantaria, entre fevereiro de 1970 e janeiro de 1972.​​

Neste registo de memórias diretas são recuperadas as vivências de António Barrocas, desde o serviço militar no Regimento de Infantaria n.º 3 (Beja), a notícia da mobilização para a guerra após 9 meses de espera, a partida para o Mindelo na ilha de São Vicente (Cabo Verde) onde só esteve 10 dias e a sua relocalização para a ilha do Sal e também para ilha da Boavista, nas quais esteve durante os 23 meses da sua comissão.​

António Barrocas também conta episódios que retratam as relações de proximidade com a população local e as dificuldades que esta sentia, a oportunidade que teve em conhecer os tios de Amílcar Cabral e, a terminar, o seu sentimento face à descolonização, salientando que é “totalmente contra a guerra” e “todos têm direito ao seu território”.​


Este projeto resulta de uma parceria estabelecida entre a União das Freguesias de Beja (Santiago Maior e São João Baptista) e o Núcleo de Beja da Liga dos Combatentes. Com realização e edição de Nelson Patriarca, foi desenvolvido no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974.​


 


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