Ir para o conteúdo principal

​​​​​​​Na madrugada do dia 25 de abril de 1974, duas senhas musicais transmitidas pela rádio davam nota de que operações militares estavam em curso e que o plano em marcha pelo fim da Guerra Colonial, pela conquista da democracia e da liberdade era irreversível.

Celebramos, 50 anos depois, o legado deixado pelos militares do Movimento das Forças Armadas (MFA), na sua maioria jovens que combateram na guerra colonial e que numa ação, apoiada e participada pelo povo, puseram fim a décadas de ditadura. Ação essa que ficou marcada pelo momento em que tropas lideradas pelo capitão Salgueiro Maia exigiram a rendição do presidente do Conselho, Marcello Caetano, e dos ministros do seu governo que se encontravam no Quartel do Carmo.

Este movimento, que abriu portas à transição pacífica do regime, e que ficou marcado pela entrega de cravos vermelhos aos soldados, em sinal de paz e do fim da opressão, marcou o início de uma transformação profunda, política e social do país e consolidou as bases para a estabilidade e para as grandes mudanças que viriam a decorrer da sucessão.

Com a Revolução, a missão e o papel das Forças Armadas alinharam-se com os princípios democráticos estabelecidos pela nova ordem política. Para além da defesa do território nacional, o bem-estar da população, a cooperação internacional e a resposta a emergências humanitárias - sob a égide de organizações como a NATO, a União Europeia e a ONU -, viriam a ocupar um espaço até então inexistente.

Ao longo dos últimos 50 anos, as Forças Armadas têm-se adaptado aos desafios do mundo contemporâneo. O seu compromisso com a defesa nacional expandiu-se para abranger outras áreas igualmente cruciais como a cooperação em operações de paz, ações humanitárias e de apoio social, a diplomacia militar, a proteção do meio ambiente e o combate ao terrorismo. O espaço passou também a ocupar uma posição central no contexto das operações militares - onde também se avaliam agora tempos de paz e de guerra -, e donde emergem o espaço e a ciberdefesa.

Cinquenta anos depois, o legado dos Capitães de Abril continua a ecoar. Somos hoje uma nação democrática e comprometida com a paz. A revolução dos militares, que moldou o destino de Portugal e inspirou gerações, no nosso país e no mundo, trouxe-nos novos caminhos e consigo novos desafios. 

Ao celebrar este marco histórico, as Forças Armadas e a Defesa Nacional reafirmam o seu compromisso com Portugal e com os portugueses na defesa do nosso território, dos princípios que nos unem como nação e da nova visão que abraçam e que se estende para além dos limites físicos das nossas fronteiras, em prol da segurança e do bem-estar, dos portugueses e do mundo. ​


50 Anos 25 Abril


​​

Partilhar
Conteúdo