A CPLP estabeleceu-se em 1996 como fórum multilateral unido pela Língua Portuguesa, visando o aprofundamento da amizade mútua, da concertação político-diplomática e da cooperação entre os Estados-membros (EM). Nas áreas de cooperação inicialmente previstas, não foi incluída a área da Defesa.
Somente em 2002, durante a IV Conferência de Chefes de Estado e Governo da CPLP, em Brasília, a revisão do Estatuto da CPLP ampliou para doze as áreas de cooperação, dentre elas, a Defesa.
Entretanto, e de certa forma incentivado pelo capital de confiança obtido através da Cooperação Técnico-Militar bilateral, instrumento estratégico de aproximação entre os países de língua portuguesa, foi-se intensificando o relacionamento entre EM, nomeadamente com a realização anual de reuniões de Ministros/as da Defesa Nacional ou Equiparados/as e de Chefes de Estado-Maior-General (CEMGFA), dos Exercícios da Série FELINO e da Saúde Militar, a par da criação do Secretariado Permanente para os Assuntos da Defesa (SPAD) e do Centro de Análise Estratégica (CAE).
Em 2006, os Ministros da Defesa Nacional, na sua reunião realizada em Cabo Verde, assinaram o Protocolo de Cooperação da CPLP no Domínio da Defesa, o qual tem orientado as atividades desenvolvidas, contribuindo para o avanço das capacidades e fortalecimento das Forças Armadas dos EM.
Ao longo dos anos, a dinâmica da Componente de Defesa tem sido devidamente registada no quadro global da CPLP.
Valores
A Componente de Defesa da CPLP rege a sua atividade pelos valores e princípios da solidariedade, igualdade soberana e o respeito pela integridade territorial, independência política e não ingerência nos assuntos internos de cada Estado-membro.
Objetivos
São objetivos específicos da Componente de Defesa da CPLP: (i) a criação de uma plataforma comum de partilha de conhecimentos em matéria de defesa militar; (ii) a promoção de uma política comum de cooperação nas esferas de Defesa e Militar; e (iii) a contribuição para o desenvolvimento das capacidades internas com vista ao fortalecimento das Forças Armadas dos países da Comunidade.