A fragata Corte Real “contribuiu, mais uma vez, de forma inestimável, para a manutenção da capacidade marítima permanente da Aliança Atlântica e para o compromisso com a segurança coletiva que Portugal assumiu neste quadro”, declarou a Secretária de Estado da Defesa Nacional a bordo do navio, perante os 200 militares, homens e mulheres, que constituem a sua guarnição.
É uma “honra estar presente na receção ao navio”, após cumprir a missão no Báltico e no Mar do Norte, integrada na Força Naval da NATO, através do Standing NATO Maritime Group 1.
“Quero agradecer-vos pelo serviço que prestaram, não só a Portugal, mas à segurança da comunidade transatlântica”. É sabido “que a segurança de um país começa longe das suas fronteiras e que cada estado, na medida das suas capacidades, deve contribuir para a redução da segurança internacional e para a paz”.
Ana Santos Pinto referiu ainda, perante toda a guarnição do navio, formada no hangar do helicóptero, que Portugal tem cumprido as suas responsabilidades, designadamente no seio das organizações internacionais de que faz parte, numa ação pautada pelo respeito e pela defesa de um conjunto de princípios, como os valores democráticos e os direitos humanos, o respeito pelo estado de direito e pelo direito internacional humanitário.
“Estes princípios são parte integrante da identidade nacional e das suas Forças Armadas, é por isso e pelo reflexo das missões internacionais que têm sido cumpridas com excelência, que Portugal é hoje reconhecido através do trabalho que todos vocês têm prestado em várias Forças Nacionais Destacadas, para um país que é gerador da paz, que é gerador da segurança e que é capaz de responder de forma relevante aos desafios estratégicos com que nos defrontamos”.
“Uma vez mais fizeram com que Portugal, assumisse de forma exemplar e inequívoca o compromisso internacional para com a Aliança Atlântica no âmbito das medidas de tranquilização, por isso estou-vos muito grata a todos e a cada um de vós, mas também às vossas famílias porque o sacrifício é partilhado e estou, como Secretária de Estado da Defesa Nacional, mas sobretudo como cidadã” e finalizou, desejando “um bom regresso a casa e um feliz reencontro tão merecido com as vossas famílias” a todos os militares do navio, que cumprimentou de seguida.
A fragata Corte-Real, ao serviço da Marinha desde 1992, regressou esta sexta-feira a Lisboa, após três meses de missão na Força Naval Permanente da NATO, Standing NATO Maritime Group 1 (SNMG1), que se iniciou a 1 de setembro, incluíu a participação no maior exercício da NATO, o Trident Junctur 2018. Terminou hoje, no cais de honra da Base Naval de Lisboa, no Alfeite, onde o navio era aguardado por largas dezenas de familiares dos 200 militares da guarnição do NRP Corte-Real.
No final da missão registam-se 1406 horas de navegação, 68 horas de voo por parte do helicóptero orgânico e 17.044 milhas náuticas percorridas, o equivalente a cerca de 32.000 quilómetros.