O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e o Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, inauguraram, esta sexta-feira, o Centro de Operações Espaciais da rede nacional SST – Space Surveilllance and Tracking, instalado no Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha Terceira (Terinov), nos Açores.
Considerando que os atuais conflitos decorrem hoje em múltiplos domínios, o espaço tornou-se uma prioridade estratégica para a Defesa Nacional. Em 2020 foi criado um grupo de trabalho que desenvolveu a estratégia da defesa para o espaço. A produção do documento orientador, que deverá ser apresentado em 2021, criou sinergias entre as estruturas do Ministério da Defesa Nacional, as Forças Armadas, a Indústria Nacional, o Sistema Científico e Tecnológico e Agência Espacial portuguesa.
Neste contexto, o centro inaugurado integra a rede nacional do SST, no âmbito da Estratégia de Investigação e Inovação para uma Especialização Inteligente, e irá controlar e processar dados recolhidos por radar e telescópio, auxiliando na proteção do país relativamente à queda de detritos espaciais, por exemplo.
Na perspetiva da defesa, a iniciativa corresponde ao esforço continuo que visa a procura de oportunidades que tirem partido da posição geoestratégica única dos Açores, no centro do Atlântico. “A geografia tende a reaparecer e hoje temos consciência de uma renovada centralidade geoestratégica do Atlântico e o espaço é uma dimensão imensurável dessa nova realidade", afirmou João Gomes Cravinho.
Apontando mais valias do projeto, o governante salientou ainda que “o investimento realizado é uma oportunidade de promover a inovação, a internacionalização e a criação de emprego qualificado em Portugal. Este centro é um bom exemplo deste facto. Com o investimento, criámos retorno financeiro, mas mais importante ainda é o retorno de empregos qualificados, que por sua vez promovem uma lógica de ecossistema que no futuro trará consigo outras oportunidades".
José Manuel Bolieiro encerrou a cerimónia reforçando a sua crença “na sagacidade dos projetos e da estratégia" e afirmou estar convencido de que “os Açores são importantes pela sua geoestratégia, mas ainda mais relevantes pela dádiva do seu posicionamento.
