O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e o Secretário-Geral da NATO, Jens Stoltenberg, visitaram na manhã desta quinta-feira o porta-aviões Queen Elizabeth, atualmente envolvido no exercício Steadfast Defender 2021, que se encontra a decorrer em águas portuguesas.
O exercício Nato Steadfast Defender 2021, que se iniciou este mês, reúne mais de 20 Aliados e parceiros NATO, da América do Norte e da Europa e será o primeiro teste, em grande escala da Estrutura de Comando adaptada, com o envolvimento de dois novos comandos - o Comando Conjunto de Apoio e Capacitação baseado em Ulm, Alemanha, e o Comando da Força Conjunta de Norfolk, baseado nos Estados Unidos.
Segundo Jens Stoltenberg, o objetivo principal deste exercício é testar a prontidão e a mobilidade militar da NATO – com projeção de forças a nível terrestre e marítimo, desde a América do Norte até a região do Mar Negro e ao largo da costa de Portugal. “Com mais de 9.000 soldados, o exercício demonstra que a NATO tem as capacidades e a determinação para proteger todos os Aliados contra qualquer ameaça", afirmou.
Na visita ao porta-aviões Queen Elizabeth, o Ministro da Defesa Nacional reforçou a relevância da participação de Portugal neste tipo de exercícios “É muito importante para nós, participarmos muito ativamente nos exercícios da NATO", “a NATO é uma Aliança defensiva para defender os seus 30 membros. Neste exercício coloca-se a possibilidade de termos de defender como Aliança a Roménia e para a defender é necessário assegurar o controlo do Atlântico, nesta costa, ao largo de Portugal e a nossa participação no exercício é demonstrar a capacidade de controlo do Atlântico, fundamental para se poder chegar à Roménia."
Em declarações, o governante destacou como elemento diferenciador do exercício a diferenciação tecnológica “o grau de complexidade vai evoluindo, neste exercício temos um nível de interoperabilidade superior que chega praticamente a ser o nível de integração dos diferentes meios dos diferentes ramos das Forças Armadas que participam. O conceito antigo de componentes distintos que se juntam para operar em conjunto está a ser ultrapassado por um conceito de integração desses componentes. Temos o exemplo da guerra eletrónica que funciona de forma integrada em terra, no ar, e no mar e, agora, também no espaço Cyber e no espaço" disse.
Perante os elogios tecidos a Portugal, João Cravinho mostra satisfação e orgulho nas Forças Armadas pelo continuo processo de adaptação à evolução tecnológica, afirmando ser um desafio que pretende continuar pois “quem se dá por satisfeito, quem dá por concluída a sua missão, inevitavelmente é ultrapassado e se torna anacrónico".