O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e a Secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto, assistiram, esta sexta-feira, ao maior exercício naval multinacional dos últimos dois anos.
O Ministro da defesa considerou este exercício “extremamente valioso” porque “é fundamental que as nossas Forças Armadas tenham estas possibilidades de fazer exercícios” que são “muito complexos, porque quando estão em situação de ameaça real é o treino que conta”.
João Gomes Cravinho manifestou a sua “grande satisfação” por assistir a este “exercício bastante complexo e completo, envolvendo, não só um conjunto diverso de meios da nossa Marinha, como também de outras Forças Armadas, de Espanha, de França, dos Estados Unidos e de Itália” em que se simulou “aqui uma situação de multiameaça” desde a “luta antissubmarina, antiaérea, de superfície” e o “reabastecimento” de navios, considerou, portanto este treino diversificado de “muito satisfatório.”
À margem do exercício, em declarações aos jornalistas, questionado sobre as dificuldades sobre o preenchimento dos quadros de pessoal nas Forças Armadas, o Ministro da Defesa Nacional, afirmou que “uma medida de longo prazo que é preciso desenvolver” entre outras “ao longo dos anos, é dar a conhecer melhor as Forças Armadas aos portugueses e eu estou convencido que, conhecendo melhor as Forças Armadas haverá maior procura para ingressar nas fileiras”
O Contex-Phibex 19 é um exercício naval, aéreo e anfíbio que tem como objetivo melhorar a proficiência da esquadra da Marinha Portuguesa e dos fuzileiros que, juntamente com as outras forças e unidades aliadas, interagem perante um cenário multidimensional, no âmbito das operações de resposta a crise.
A vigilância e interdição de espaços marítimos, desembarque anfíbio, operações de forças especiais, resposta a cenários de guerra multiameaça (antiaérea, submarina e de superfície) e reabastecimento no mar serão também testados. Este exercício anual pretende ainda validar doutrina e procedimentos, em particular na vertente de veículos aéreos não tripulados, incrementar a interoperabilidade entre as forças participantes, nomeadamente entre a Força Naval Portuguesa e a Força Marítima Europeia, atualmente sob comando nacional, permitindo fortalecer a capacidade de atuação como força naval permanentemente disponível.
Após dois dias de treinos na Base Naval de Lisboa, navios, fuzileiros e mergulhadores ficaram prontos para iniciar a fase de mar deste exercício que contou com a participação da Força Aérea Portuguesa e das Marinhas de Espanha, França, Itália e Estados Unidos. O exercício terminou no dia 28 de junho e contou com a participação de cerca de 1700 militares.
Durante a participação no exercício, a fragata Corte-Real comandou a Força Naval Europeia (EUROMARFOR), composta por navios das Marinhas de França, Itália, Portugal e Espanha. A Marinha Portuguesa também empenhou a fragata Álvares Cabral, os navios patrulha oceânicos Setúbal e Figueira da Foz, o submarino Tridente, o navio reabastecedor Bérrio, o navio hidrográfico Almirante Gago Coutinho, o navio patrulha costeiro Tejo, as lanchas Dragão e Escorpião, uma força de fuzileiros e os mergulhadores.
Este exercício, que contemplou o disparo de mísseis, operação de veículos autónomos e desembarques anfíbios, contribuiu de forma significativa para a manutenção dos elevados padrões de prontidão e interoperabilidade das unidades participantes, bem como a coesão de todas as forças e comandos envolvidos, nomeadamente da Força Naval Portuguesa e da Força Marítima Europeia.