O Ministro da Defesa Nacional deslocou-se à Estónia, nos dias 29 e 30 de setembro, onde começou por se encontrar com o seu homólogo Jüri Luik. Os governantes debateram a cooperação dos dois países no domínio da Defesa e as potencialidades no âmbito da economia europeia de Defesa, que será uma das prioridades para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (PPUE2021). A cooperação de Portugal e da Estónia no âmbito da NATO esteve igualmente em cima da mesa, com os Ministros a demonstrarem “abordagens muito próximas" em todas as questões importantes no que diz respeito à Aliança.
A Presidente da República da Estónia, Kersti Kaljulaid, que visitou Portugal em abril do ano passado, recebeu igualmente o Ministro João Gomes Cravinho com a cooperação no âmbito da NATO e a defesa europeia na agenda. Ao encontro seguiu-se uma visita ao Centro de Excelência de Ciberdefesa da NATO (CCDCOE), com sede em Tallin, no qual Portugal também participa.
O Ministro português destacou, da reunião com a Presidente Kersti Kaljulaid, que foi também uma oportunidade falar sobre o atual ambiente de segurança no Báltico e para um “intercâmbio de ideias" sobre temas que foram do Mediterrâneo oriental até à Bielorrúsia e ao conflito entre a Arménia e o Azerbeijão.
O programa incluiu ainda uma visita à Associação de Indústrias de Defesa da Estónia, congénere da idD – Portugal Defence, no âmbito do aprofundamento do conhecimento mútuo do tecido empresarial de Defesa de ambos os países e da promoção de relações bilaterais no domínio da indústria de Defesa.
Conferência Anual do Báltico dedicada à Defesa
O Ministro da Defesa Nacional foi convidado a participar como orador principal na sessão de abertura da Conferência Anual do Báltico dedicada à Defesa (ABCD2020).
João Gomes Cravinho abordou o impacto da pandemia, um dos temas escolhidos para a edição deste ano, e destacou a intervenção das Forças Armadas nas várias ações de combate e controlo da Covid-19, sublinhando um cenário visível também por toda a Europa: “as capacidades militares são uma parte fundamental das nossas respostas a emergências civis".
O Ministro deu como exemplos as dinâmicas das alterações climáticas e as crescentes ameaças híbridas para sugerir que “precisaremos cada vez mais de contar com os militares para lidar com emergências civis e para ajudar a tornar as sociedades mais resilientes aos desafios que surjam, tanto de forma natural, como a Covid-19, como de inimigos, ou uma combinação dos dois.
Na sua intervenção, recordou também que as ameaças convencionais não desapareceram das fronteiras, defendendo que a NATO, “enquanto aliança coletiva de defesa nunca poderá omitir ou esquecer esta dimensão".
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