“As Forças Armadas são hoje em dia um aspeto importante na CPLP e na realidade prática dos trabalhos da organização”, afirmou o Ministro da Defesa durante a abertura do XVIII Encontro de Saúde Militar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que decorre na Fundação Champalimaud.
“Nós olhamos para a área da saúde militar como uma área que pode ajudar a promover a saúde pública no seu relacionamento com as comunidades locais. Extravasa os limites da atuação estrita das Forças Armadas e oferece um serviço mais alargado ao público, por via da formação, por via, às vezes da consulta direta e por via também dos exemplos que a saúde militar pode dar à saúde pública nos respetivos países”.
O XVIII Encontro de Saúde Militar da CPLP reúne na Fundação Champalimaud representantes e especialistas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Destaca-se deste congresso o ensino de técnicas de emergência em combate, pela Marinha Portuguesa, aspetos da formação em Medicina Aeronáutica e Evacuações Aeromédicas, pela Força Aérea Portuguesa, relato da experiência no combate ao controlo da Epidemia da Febre Hemorrágica de Marburg em Angola e sobre a malária vai decorrer uma comunicação sobre a problemática da quimioprofilaxia e tratamento em contexto militar.
Vão ser debatidas também questões relacionadas com a logística, medicina preventiva e no âmbito dos aspetos sobre proteção e apoio sanitário uma comunicação sobre perturbação pós stress traumático no contexto da saúde militar e a apresentação de um projeto sobre a prevalência de distúrbios do consumo de álcool em militares portugueses integrados em Forças Nacionais Destacadas.