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O Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia aprovou esta segunda-feira a Bússola Estratégica, um documento de orientações políticas e estratégicas para a política de segurança e de defesa da União Europeia

Portal da Defesa na InternetInícioComunicaçãoNotíciasBússola Estratégica aprovada: "um marco para a União Europeia"
22 de março de 2022

O Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia aprovou esta segunda-feira a Bússola Estratégica, um documento de orientações políticas e estratégicas para a política de segurança e de defesa da União Europeia.

O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou que "a aprovação da Bússola Estratégica é um marco para a União Europeia e foi recebida com uma salva de palmas para assinalar o significado histórico do momento".

João Gomes Cravinho lembrou que a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia teve um papel muito importante na elaboração do documento e o que foi defendido durante o primeiro semestre de 2021: "insistimos que não haveria que escolher estre realismo e ambição. Nós dissemos sempre que para ser realista [a Bússola Estratégica] devia ser ambiciosa, na medida em que o mundo exige isso da União Europeia", afirmou.

A Bússola "é um documento bastante operacional com medidas a desenvolver em conjunto, dá um sentido estratégico a vários instrumentos que já existem, pois, a Europa da Segurança e da Defesa tem vindo a consolidar-se ao longo dos últimos anos, como o Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, o Fundo Europeu de Defesa, e ao trabalho da Agência Europeia de Defesa".

Na reunião do Conselho de Negócios Estrangeiros, realizada em Bruxelas, estiveram presentes os Ministros portugueses de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

​O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirmou que este "é um documento muito importante de orientação estratégica da política de segurança e defesa da União Europeia. O seu conteúdo representa a avaliação da situação de segurança e do ambiente estratégico que rodeia a União, define a visão estratégica comum, estabelece os novos meios que poremos ao nosso dispor para defender a nossa segurança e define objetivos e metas a prosseguir até 2030 para reforçar a capacidade de defesa da União Europeia".

O Ministro da Defesa acrescentou que «da parte portuguesa, ficámos satisfeitos porque os nossos contributos foram incorporados no documento, reforçando significativamente a importância do estabelecimento de parcerias com países e entidades africanas e reforçando a centralidade de África para a segurança da Europa» e reforçando «a referência à relevância da segurança marítima para a Europa».

Portugal também fica satisfeito por ver que os seus contributos foram incorporados no documento face à primeira versão, nomeadamente “reforçando significativamente a linguagem sobre África, a importância do estabelecimento de parcerias com países e entidades no continente africano e reforçando também aquilo que é a centralidade de África para a segurança e defesa da Europa".

"A finalização deste processo inaugura uma nova etapa para a Europa da Segurança e Defesa", concluiu João Gomes Cravinho.

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